Depois de passar a pente fino os dados sobre a temperatura e a mortalidade de mais de 850 áreas urbanas em 30 países europeus, um grupo de investigadores conseguiu projetar as possíveis mortes relacionadas com temperaturas extremas entre 2015 e 2099: 2,3 óbitos a mais causados tanto por calor como frio extremos, se os países não adotarem medidas para combater as alterações climáticas.

Os resultados, publicados na Nature, foram obtidos através de modelos climáticos, que sugerem que, apesar de as temperaturas ameaçarem a vida humana tanto num extremo como no outro, o calor é pior.

Espanha, o sul de França, Itália e Malta são as regiões mais afetadas de acordo com esta previsão.

Na Europa, as mortes causadas pelo frio ainda são em número 10 vezes superior ao das provocadas pelo calor. Os investigadores acreditam que com o aumento da temperatura a nível global, esta tendência deverá inverter-se.

Pierre Masselot, epidemiologista ambiental e estatístico na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e os restantes envolvidos no estudo, analisaram quatro cenários para o futuro, com diferentes aumentos de temperatura – 1.5°C, 2°C, 3°C e 4°C – e outros três envolvendo estratégias dos países para reduzir as mortes relacionadas com o calor em 10%, 50% ou 90 por cento.

Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, apresentou esta terça-feira a demissão a Luís Montenegro, que a aceitou. Na carta de demissão, a que a Lusa teve acesso, Hernâni Dias anunciou ainda que suspenderá o mandato como deputado para ser ouvido no parlamento.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

“Estou de consciência absolutamente tranquila. Gostaria de reiterar que a minha demissão nada tem a ver com o receio de esclarecer as questões que têm sido veiculadas pela comunicação social. Bem pelo contrário, renovo a minha vontade e plena disponibilidade para prestar todos os esclarecimentos às autoridades competentes”, lê-se na carta.

O governante demissionário acrescenta que vai suspender o mandato de deputado para ser ouvido no parlamento, aguardando a aprovação da sua audição já pedida por vários partidos, para “esclarecimento cabal de todos os assuntos, o mais rápido possível, e encerrar a desinformação que tem sido difundida”. Hernâni Dias fala numa “vaga de notícias que contêm falsidades, deturpações e insinuações injustificadas”.

“E apesar de se referirem a situações totalmente desligadas das funções que desempenho, entendo que é minha obrigação proteger a estabilidade do Governo e, em especial, a posição do senhor primeiro-ministro”, justifica.

O antigo autarca considera que “na vida política há que ter a hombridade de assumir” decisões, dizendo que a sua “é pautada pelo entendimento de que, neste momento, a continuidade como secretário de Estado poderia ser vista como um fator negativo, logo prejudicial ao trabalho do Governo”.

“Esta decisão surge, também, da necessidade de proteger a minha família e preservar a sua privacidade e bem-estar, que, em face das atuais circunstâncias, se tornaram vulneráveis”, afirmou.

Estou indeciso. Angustiado. Oscilante. Perplexo. Começo com a mineração de uma criptomoeda ou dedico-me a construir um modelo de Inteligência Artificial? Ou faço as duas coisas ao mesmo tempo. Parece um dilema, mas, na verdade, é um trilema: que nome dar à moeda e à IA?

Isto vai consumir anos, muita energia e uma mega central de dados? Não sei, mas não é essa a minha ideia. Acho que a coisa se resolve com um portátil de pequena dimensão. A sério.

Senão vejamos: peço à «DeepSeek», acabada de nascer, que me crie os códigos para a mineração da criptomoeda. É só fazer «Run». Antes disso, obviamente, tenho de lhe dar um nome e um estatuto, numa linguagem credível. Pode ser «Real FazendaCoin», «Official PastelCoin» ou até «Trambiqueiro Token». O nome não interessa, na verdade. O importante é decidir quantos milhões de moedas vão ser mineradas: no mínimo, 100 milhões.

Criada a moeda digital, arranca a Inteligência Artificial. Também está na tecla do computador: copia-se o código-fonte do GPT-4.0 e pede-se ao «Gemini» que o faça correr numa demo. Para não dar nas vistas, experimenta-se a demo no «CoPilot» e pede-se que faça ligeiras alterações. Concluído o trabalho, lança-se com foguetes e arraial à custa da criptomoeda. Parece-me bem.

É nisto que vou investir. Salvo seja, não é bem investir. É assim-assim. Tempo, cabeça e portátil. Por esta ordem. O portátil não trabalha sem cabeça, e, para isso, o tempo é essencial. Por outras palavras: a IA vai empenhar-se na mineração, colocar as moedas em circulação e inventar subidas de preço vertiginosas. Está feito.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

André Ventura, líder do Chega, afirmou esta terça-feira que foi o partido que denunciou a José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República, a existência de malas e outros objetos no gabinete de Miguel Arruda. O agora deputado independente foi constituído arguido, na passada terça-feira, por suspeitas do furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Açores. No mesmo dia foram realizadas buscas na casa de Arruda em São Miguel.

“Foi o Chega que na quinta-feira comunicou ao presidente da Assembleia da República a existência desses objetos e alertou para a possibilidade de estarem relacionados com o produto do crime, de um crime que tinha sido publicamente exposto. Foi o Chega que pediu que fosse feita a necessária articulação entre o órgão de soberania, o parlamento e as autoridades judiciais”, defendeu hoje Ventura, numa conferência de imprensa.

O presidente do partido referiu ainda que este se trata de um “problema de natureza psíquica ou psiquiátrica”, e pediu novamente a Arruda a renúncia ao mandato. “Queria pedir a Miguel Arruda que renunciasse ao seu mandato de deputado. Perante o que aconteceu ontem, perante a evidência do que aconteceu, perante a evidente fragilidade psíquica em que se encontra, perante a evidência dos factos, não tenho outro caminho enquanto presidente do partido, em nome da dignidade, de Portugal, do grupo parlamentar no qual foi eleito, que renuncie ao seu mandato”, acrescentou.

Também nesta terça-feira, o Ministério Público revelou que acordou com a Assembleia da República, uma data, 27 de janeiro, para a apreensão de malas e outros objetos do gabinete do deputado eleito pelo Chega.

O smartphone passa o dia connosco, mas o computador continua a ter um papel importante no quotidiano. Foi a pensar nesta inevitabilidade da vida que fizemos um teste de grupos a portáteis. Temos modelos leves como uma pena e uma máquina robusta, capaz de enfrentar até cenários mais exigentes. Numa altura em que ter um bom equipamento de trabalho é cada vez mais importante, não esquecemos a relevância da portabilidade e de atributos técnicos que garantam produtividade. Este é o tema de capa da Exame Informática nº 353, onde apresentamos uma gama variada de portáteis para diferentes orçamentos e necessidades. Afinal, nem sempre é necessário investir milhares de euros num computador, pois há opções mais acessíveis que continuam a ser altamente competentes. Mas na edição da Exame Informática nº 353, como pode ver em baixo, há mais temas que merecem a sua atenção.

Pode comprar a Exame Informática nº 353 nas bancas, em formato digital ou aceder à versão exclusiva caso já seja assinante.

Capa

Teste de grupo a portáteis: Getac S510, Asus Vivobook Pro 15 OLED, Lenovo Yoga Slim 7i Aura Edition, Asus Expertbook B9 OLED, Microsoft Surface Laptop 7ª Ger., Lenovo Thinkpad T14s G6 e Asus Vivobook 1628 

Testes

Lenovo Legion Glasses

Diversão sonora: LG Xboom Go XG8T

iServices Microfone Wireless

Dyson OnTrac: Estilo e autonomia

Projetor Epson EF-21G

Sony LinkBuds Speaker

iS Horta Urbana Eden: Toma lá morangos

Televisor LG 65QNED91

iServices Comando para smartphone

Sonos Arc Ultra: G’anda filme

Asus Zen Wi-Fi BT8 e RT-BE86U

iS Smart Ring

Aposta de topo: Oppo Find X8 Pro

Primeiro contacto: Asus Zenbook 14

Lifestyle: Refeições simplificadas com a Philips Airfryer Série 5000 XXL Connected

Entrevista

Entrevista a Andy Yen, diretor executivo da Proton

I&D

Smart Cities: Tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida

O nascimento dos LLM portugueses

Entangled Space: Apostar nas tecnologias quânticas

Prometheus-1: Satélite made in Minho

Volt

Kia EV3 Tech

Cupra Tavascan VZ: Um elétrico feroz

Muito espaço no KGM Torres EVX

Soluções

Smartphone e PC como um só

Consultório: Arranque mais rápido no computador

Sign Out


Fairy Tail 2

Donkey Kong Country Returns HD

Marvel VS Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

O juiz Paolo Olezza, da cidade de Alessandria, no norte de Itália, determinou que o Governo pague indemnizações de 10 euros a alguns cidadãos que apresentaram uma ação judicial contra as medidas impostas durante o período da pandemia, divulgaram esta terça-feira os meios de comunicação locais, adiantando que o magistrado considerou que os cidadãos tinham as mesmas “posições expressas pelo atual Executivo” italiano, e em particular pelo Vice-Presidente e ministro do Ministro dos Transportes, Matteo Salvini, nas quais sublinham a “natureza ilegal da legislação”.

A sentença condena o Governo a indemnizar cerca de vinte cidadãos com 10 euros por “danos não patrimoniais”, considerando que as medidas os teriam “obrigado a comportarem-se de forma indesejável através de chantagem, diante de benefícios inexistentes em matéria de contenção da emergência epidémica”.

Os efeitos da legislação durante a pandemia são também descritos como “perturbadores”, incluindo a obrigação de “inocular medicamentos experimentais ou não aprovados de forma definitiva”.

O acórdão enumera ainda uma série de dados que demonstram que “nos Estados onde não foram adotadas regras de confinamento domiciliário, a propagação de infeções foi menor e a taxa de mortalidade foi menor”, concluindo, por isso, que os autores da ação têm direito a dez euros cada um” por danos morais e dano relacional.

“Através da Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público solicitou a colaboração da Assembleia da República no sentido de efetivação de apreensão de malas e objetos que se encontravam nas suas instalações. Para o efeito, solicitou-se indicação de dia, hora e de responsável da Assembleia da República para acompanhar a diligência”, explicou à Lusa fonte oficial da PGR.

O dia 27 de janeiro foi a data indicada pelo Parlamento para a realização “de buscas e apreensões no gabinete do deputado Miguel Arruda”, conforme revelou na segunda-feira, em comunicado, a Assembleia da República.

A mesma fonte da PGR explica que a diligência decorreu ao abrigo do artigo do Código de Processo Penal que permite a apreensão, mediante despacho judiciário, “de instrumentos, produtos ou vantagens relacionados com a prática de um facto ilícito” ou qualquer outro objeto que possa constituir prova.

Na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que o deputado eleito pelo Chega no círculo dos Açores – constituído arguido na semana passada por suspeita de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada – tinha passado à condição de não inscrito.

A área da cibersegurança tem vindo a evoluir a uma velocidade vertiginosa, num momento em que os ciberataques se tornam cada vez mais recorrentes e sofisticados. Na verdade, hoje em dia, ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) não só são utilizadas pelos profissionais da área para reforçar a segurança de enormes volumes de dados, como também estão disponíveis de forma gratuita para os hackers realizarem ataques. Face a esta realidade, e de forma a garantir a cibersegurança das empresas, organizações e até Estados, importa compreender quais as principais tendências que emergem no ramo da proteção de dados em 2025.

Este ano é expectável que os ciberataques se tornem cada vez mais automatizados, com impactos em grande escala. Este fenómeno é particularmente visível em ataques como malware que, através da IA, são gerados facilmente por criminosos sem formação técnica. Além disso, com tecnologias como o deepfake a serem cada vez mais utilizadas, os alvos dos ataques poderão ser humanos e, em larga escala, organizações. Contudo, ao longo deste ano é expectável que a capacidade de detetar invasões se torne também ela mais certeira, num momento em que a IA permite considerar o contexto individual e histórico de uma determinada empresa ou organização, para ajudar a decidir qual a ação que deve ser tomada em cada situação.

Como segunda tendência, a computação quântica tornar-se-á mais relevante, na medida em que, no futuro, irá quebrar a criptografia atual e reformular o panorama da segurança digital. É, por isso, importante que as organizações, independentemente do seu setor de atividade, comecem já a substituir os seus algoritmos e infraestruturas de criptografia por outros novos, caso contrário é muito provável que ponham em risco informações confidenciais e assinaturas digitais.

Paralelamente, com mais dispositivos inteligentes conectados nos transportes, casas, edifícios, cidades e infraestruturas críticas, é fundamental assegurar uma maior segurança desde a sua conceção, bem como criar mais quadros regulamentares especificamente concebidos para a IoT (Internet das Coisas). É importante realçar contudo que, neste campo, embora a regulamentação seja fundamental, existem ainda algumas “áreas cinzentas”, uma vez que os rápidos avanços tecnológicos ultrapassam muitos dos processos legislativos lentos, impedindo respostas oportunas aos riscos dos ciberataques. De facto, de um modo geral, as regulamentações globais mais rigorosas e os requisitos de conformidade (tais como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados ou o Cyber Resilience Act) exigem o aperfeiçoamento da gestão de dados e o aumento da cibersegurança.

Finalmente, considero que, no futuro, um dos principais desafios em todas as economias digitais será mesmo a crescente dependência de alguns intervenientes-chave (tais como fabricantes de circuitos integrados, hiperescaladores ou fabricantes de equipamentos de comunicação), que conduzirá a monopólios incontornáveis com alternativas limitadas e uma enorme concentração de poder. Este monopólio pode representar riscos para o setor, uma vez que a falha de uma solução pode levar ao colapso temporário de indústrias inteiras, aumentando, ao mesmo tempo, o risco de exploração económica devido à falta de concorrência.

A cibersegurança é central em qualquer área de atividade, pelo que deve ser priorizada e desenvolvida, sendo essencial investir na inovação para responder aos desafios atuais. Mais que seguir tendências da segurança digital, só ao antecipá-las será possível evitar riscos que podem comprometer volumes incontáveis de dados e informações.

O Maybell Quantum Big Fridge vai ser um dos locais mais frios conhecidos no universo quando entrar em operação. Lá dentro, a temperatura vai descer praticamente ao zero absoluto (– 273,15 °C), 270 vezes mais frio do que no Espaço profundo e 200 mil vezes menos do que a temperatura mais baixa já registada no nosso planeta. As condições que proporciona podem ser utilizadas para desenvolver a computação quântica.

A empresa que criou este frigorífico já tem um primeiro cliente, um instituto do Canadá, que irá receber a sua unidade já em fevereiro pagando 800 mil dólares. Há ainda organizações do Japão interessadas em receber estes frigoríficos, algo que acontecerá mais para o fim do ano.

Corban Tillemann-Dick, diretor executivo da Maybell Quantum, conta que “este é o melhor refrigerador de diluição do mundo… É um novo paradigma para a física de temperaturas ultra-baixas”, cita o Interesting Engineering. “Quanto está fechado e ligado, é o lugar mais frio do universo conhecido”, acrescentou.

De acordo com a Maybell Quantum, este aparelho é mais fácil de usar, mais fiável, necessita de menos manutenção e é muito mais pequeno dos que os modelos anteriores. Para o alojar, são necessárias três prateleiras de 19 polegadas e não uma sala inteira, tornando o seu uso bem mais conveniente e alargando assim a possibilidade de uso por parte de mais institutos e organizações.

“O que fizemos foi pegar nessa sala cheia de tubos e cabos e transformámo-los num par de prateleiras de 19 polegadas, um sistema que pode ser passado pela porta, conectado, ligado e, de repente, temos o local mais frio do universo a meros centímetros de distância”, assegura Tillemann-Dick.

As instituições interessadas vão poder explorar os fundamentos da computação quântica, uma vez que o calor pode alterar o estado e causar erros nos bits quânticos. “Estamos a falar do fim das doenças contagiosas, da cura de cancros e inverter o relógio nas alterações climáticas. Os maiores problemas que a Humanidade enfrenta podem ser resolvidos dentro desta caixa”, enumera o executivo.

O desenvolvimento do frigorífico aconteceu na Colorado School of Mines e contou com investimentos de mais de 120 milhões de dólares.