“A Anacom decidiu 277 processos de contraordenação em 2023, mais 6% do que os 261 processos decididos no ano anterior. Dos processos decididos, 240 terminaram com decisões condenatórias, nomeadamente a aplicação de coimas, e 37 com decisões de absolvição”, indicou.

Em 2023, as coimas aplicadas ascenderam assim a 7,3 milhões de euros, abaixo dos 17 milhões de euros de 2022.

O regulador destacou uma coima de 2,46 milhões de euros aplicada à Meo pela violação das regras aplicáveis à cessação dos contratos por iniciativa dos assinantes, coimas com um valor global de 708.000 euros aplicadas à Worten pela venda de equipamentos de rádio que não cumprem os requisitos legais e uma coima de 678.000 euros aplicada à NOS Açores por incumprimento das regras de suspensão de serviços.

Surgem ainda em destaque as coimas de 360.000 euros e 335.000 euros aplicadas, respetivamente, à NOS Madeira e à Vodafone, pela violação das regras “relativas a denúncias contratuais”.

A Anacom verificou ainda situações de incumprimentos ligadas a “barramento de serviços de comunicações eletrónicas, faturação detalhada, suspensão de serviços, práticas comerciais desleais, utilização de dispositivos ilícitos, serviços postais, entre outras”.

Em 2022, dos 17 milhões de euros de coimas, 15 milhões de euros dizem respeito à Meo, NOS, Vodafone e Nowo por comportamentos “especialmente gravosos e suscetíveis de violar as regras legais aplicáveis à comunicação de alterações dos preços contratados em relação a um elevado número de assinantes”.

PE // EA

Em reunião privada do executivo municipal, a proposta foi apresentada pelo vereador da Estrutura Verde, Ângelo Pereira (PSD), e foi aprovada com o voto de qualidade do presidente da câmara em exercício no momento da votação, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), após empate.

A viabilização da proposta foi possível com a abstenção dos três vereadores do PS, uma vez que houve sete votos a favor da liderança PSD/CDS-PP e sete votos contra da restante oposição, nomeadamente três dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

Depois de aprovada pelo executivo, a proposta é submetida à assembleia municipal, órgão deliberativo do município que também irá discutir e votar a isenção do pagamento de taxas municipais à organização do festival Rock in Rio Lisboa, marcado para junho.

Fonte do município disse à Lusa que o valor de taxas municipais a isentar é de “cerca de três milhões de euros”, estando em linha com o apoio atribuído em edições anteriores.

Em outubro de 2023, a organização anunciou que o próximo festival Rock in Rio Lisboa, marcado para junho, vai transitar do Parque da Bela Vista para o Parque Tejo Trancão, espaço que acolheu a Jornada Mundial da Juventude.

Segundo o protocolo celebrado em 2019 entre a Câmara de Lisboa e a BETTER WORLD — Comunicação, Publicidade e Eventos, S.A., atualmente designada ROCK WORLD LISBOA, S.A., a 10.ª edição do Rock in Rio Lisboa estava inicialmente prevista ocorrer em 2022, ano em que se realizou a 9.ª edição, que estava agendada para 2020, mas que não se concretizou devido à pandemia de covid-19.

A proposta hoje aprovada pela câmara mantém a vigência do protocolo para que a 10.ª edição do Rock in Rio se realize este ano e altera o local do festival, “que ocorrerá no Parque Tejo-Trancão, por razões que prendem com a dinamização, promoção e divulgação deste novo espaço da estrutura verdade da cidade de Lisboa, aliadas ao facto desta localização oferecer melhores acessos”.

“O protocolo originalmente celebrado já mereceu aprovação quanto ao reconhecimento de isenção de taxas municipais potencialmente aplicáveis às edições do evento objeto desse mesmo protocolo, por força da deliberação favorável da Assembleia Municipal de Lisboa, nestas se incluindo a 10ª edição”, lê-se na proposta.

Os valores agora discriminadamente calculados “não excederam” a previsão de isenções constantes dessa mesma deliberação do órgão deliberativo, mas o executivo entendeu “adequado, atento o lapso temporal decorrido desde a aprovação e a alteração dos pressupostos determinantes da isenção aprovada decorrentes, desde logo, da mudança de localização do evento, submeter a aprovação da Assembleia Municipal de Lisboa nova isenção de taxas”.

Em comunicado, a vereação do Bloco de Esquerda considerou que “não é aceitável” que a câmara aprove um apoio de quase três milhões de euros à organização do Rock in Rio, “tendo em conta as taxas que os pequenos comerciantes têm de pagar, ou mesmo a recente polémica com os pagamentos exigidos aos Blocos de Carnaval de Rua, um evento aberto à população, ao contrário do Rock in Rio”.

“Com este apoio milionário, aprovado com o voto a favor PSD/CDS e a abstenção do PS, fica claro quem faz tostões paga taxas, quem faz milhões tem isenções”, criticou o BE, exigindo respostas sobre a avaliação do impacto ambiental da realização do festival no ecossistema protegido do estuário do Tejo e sobre o uso da ponte ciclo pedonal e do passadiço por parte da população durante o evento.

Atualmente, o executivo do concelho, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — os únicos com pelouros atribuídos –, três do PS, dois do PCP, três do CPL, um do Livre e um do BE.

SSM // VAM

“Sempre foi um sonho chegar lá [aos Jogos Olímpicos], agora pode é ser cada vez mais um objetivo e é isso que está a começar a ser. Não são só estas medalhas que vão ditar o futuro. Tenho de continuar a trabalhar e a ser humilde. Sempre que ganho medalhas, continuo a trabalhar, eu quero sempre mais. Enquanto não chegar a medalha olímpica, eu não vou parar de trabalhar”, afirmou, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Diogo Ribeiro sagrou-se campeão mundial nas vertentes de 50 e 100 metros mariposa, nos Mundiais aquáticos que decorreram em Doha, no Qatar, depois de já ter sido vice-campeão do mundo nos 50 metros mariposa na última edição, em Fukuoka, no Japão.

“Se há um ano, quando ganhei a medalha de prata em Fukuoka, me dissessem que ia ser duas vezes campeão do mundo na próxima edição, eu diria que estava a sonhar. É incrível. Ter 19 anos e saber que ainda posso melhorar só me deixa mais felicidade e garra para trabalhar mais e atingir melhores coisas”, expressou o nadador do Benfica.

Com as duas medalhas de ouro ao peito e uma bandeira de Portugal nas costas, Diogo Ribeiro considera que ainda não tem noção do feito histórico que alcançou, dedicando os triunfos maioritariamente ao seu pai, falecido quando tinha apenas quatro anos, e com quem fala bastante, o que lhe dá força para se ‘transformar’ e vencer nas provas.

“Continua tudo a mesma coisa. Gosto que cada vez mais digam que sou um ídolo e que as pessoas me vejam a nadar. Não me cabe na cabeça o que sou e que tenho medalhas de ouro num campeonato do mundo. Para mim, é como se fosse um ouro no regional. Realmente ainda não compreendi o que isto quer dizer mesmo”, frisou, entre sorrisos.

Diogo Ribeiro revelou ainda uma peripécia com a medalha de 50 metros mariposa, que encontrou partida, “eventualmente porque as empregadas de limpeza deixaram cair”, mas conseguiu trocá-la e receber outra medalha, que a emoldurará por cima da cama, apelando ainda a mais apoios governamentais e patrocínios para promover a natação.

“Não há muitos apoios. Antes ainda era pior, desde o ano passado que já se vê ligeiras mudanças, mas acho que é preciso investir mais nesta modalidade, que é a mais vista nos Jogos Olímpicos. É uma tristeza não receber ajuda pela medalha dos 50 metros mariposa por não ser uma prova olímpica, mas estamos a falar de um Campeonato do Mundo. O prémio dos 100 metros mariposa vai ser o primeiro prémio governamental que vou receber. Isso deixa-me triste, mas continuo a lutar e a ser quem sou”, realçou.

O treinador Alberto Silva apontou “uma carreira muito grande pela frente”, mas com a preocupação de “sempre cobrar mais e ter um bom ambiente”, uma vez que precisará de sacrificar algumas coisas para poder continuar a estar na elite da natação mundial.

“Já sabemos que talento ele tem, mas, num momento, só o talento não vai chegar. Vai doer, será um sacrifício, vai ter de fazer coisas que não gosta, mas no fim do dia, tem de chegar a casa cansado, mas feliz e motivado para voltar no dia seguinte. Se ele fizer isso, com o talento que tem, vai ter uma carreira longa na elite”, assumiu Alberto Silva.

Aos 19 anos, Diogo Ribeiro é o maior ‘fenómeno’ da história das piscinas portuguesas, ficando ‘apenas’ a faltar uma final olímpica, que só Alexandre Yokochi conseguiu, mas tendo já presença garantida em Paris2024, a que chegará com esperança de medalha.

Recordista mundial júnior dos 50 metros mariposa, o nadador soma ainda três ‘ouros’ em Mundiais júnior, um bronze em Europeus sénior, nos 50 mariposa em Roma2022, e títulos em Jogos do Mediterrâneo e outras provas, além de quatro recordes nacionais.

 

DYRP (SIF) // NFO

Segundo a informação disponibilizada pelo município de Castelo Branco, “o crescimento exponencial de ninhos é francamente representativo”, o que leva a autarquia a considerar esta espécie invasora “como uma enorme preocupação para a biodiversidade, mas também um risco para a saúde pública”.

No concelho de Castelo Branco, em 2022, foram destruídos cerca de 30 ninhos de vespa velutina e, em 2023, registou-se a destruição de 176 ninhos.

A Câmara Municipal de Castelo Branco prevê que, este ano, o crescimento seja ainda mais acentuado.

Para ajudar a combater a proliferação da vespa velutina, o município lançou uma campanha de sensibilização onde disponibiliza toda a informação relativa ao ciclo de vida deste inseto e ainda a forma como as armadilhas podem ser realizadas.

Recomenda ainda que a comunicação do avistamento de ninhos seja feita através do Serviço Municipal de Proteção Civil ou do ‘site’ https://stopvespa.icnf.pt.

Bem distinta da vespa europeia, a vespa asiática é um inseto mais escuro e um pouco maior, de corpo aveludado e patas amarelas.

Ao alimentar-se de abelhas autóctones e outros insetos polinizadores, a vespa asiática coloca em risco todo o ecossistema e, por isso, representa uma preocupação para toda a comunidade.

Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

CCC // SSS

“O gabinete da Agência Central de Investigação [ACI] do CICV para o conflito armado internacional entre a Rússia e a Ucrânia, em funcionamento desde março de 2022”, consagra-se à investigação sobre pessoas desaparecidas dos dois lados no decurso deste conflito, “quer tenham sido capturadas, mortas ou separadas dos seus” na sequência dos combates, indicou o CICV em comunicado.

“Permanecer sem notícias de um próximo é um verdadeiro suplício, uma angústia permanente. Dezenas de milhares de famílias estão confrontadas com esta trágica realidade. Têm o direito de saber o que aconteceu aos seus próximos e, quando for possível, partilhar as novidades com eles”, sublinhou Dusan Vujasanin, chefe de gabinete da ACI.

“No decurso dos dois últimos anos, o CICV recebeu mais de 115.000 pedidos de investigação sobre desaparecidos por parte de famílias da Ucrânia e da Rússia, por telefone, através das plataformas digitais, por correio ou durante entrevistas presenciais”, indicou a instituição.

“Em 31 de janeiro de 2024, o CICV, com a participação de diversas sociedades nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho — na Ucrânia, Rússia e em outros locais — ajudou 8.000 famílias a obter informações sobre o destino dos seus próximos ou o local onde se encontravam”, segundo o comunicado.

O texto cita testemunhas de famílias que acabaram por receber notícias dos seus próximos.

“Estou muito feliz por saber que o meu filho está vivo. Há dois meses que não tinha notícias dele. Estive como que morta durante esse tempo”, declarou uma mãe ao CICV.

O gabinete da ACI “permitiu a milhares de pessoas retomar contacto com um próximo de quem tinham perdido o contacto e obter informações sobre o que lhe aconteceu”, congratulou-se Vujasanin.

“Mas outros ainda permanecem na expectativa e na incerteza”, sublinhou.

O gabinete da ACI para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia é o primeiro dos últimos 30 anos a ser especificamente criado pelo CICV para um conflito internacional. Esta missão é a mais importantes desde a Segunda Guerra Mundial.

Em conformidade com as Convenções de Genebra, os dois países estabeleceram em paralelo um Gabinete Nacional de Informações (GNI) responsável por recolher, centralizar e transmitir as informações relativas às pessoas protegidas (incluindo prisioneiros de guerra e civis) que se encontrem em seu poder, esclareceu o CICV.

Ao atuar como intermediário neutro entre a Rússia e a Ucrânia, o gabinete da ACI reúne, centraliza e regista estas informações, para depois as transmitir ao campo respetivo, acrescentou a instituição.

As partes envolvidas num conflito internacional “são responsáveis por tratar com humanidade as pessoas que estão na sua posse e assegurar que os mortos sejam expostos de forma digna”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

PCR // JH

Angra do Heroísmo, Açores, 19 fev 2024 —

“Esta decisão em 2020 coloca uma exigência acrescida e uma responsabilidade acrescida sobre o senhor representante da República quanto à coerência a manter, face aos resultados destas eleições e a comparação da decisão que agora tomar com a decisão de 2020”, afirmou Vasco Cordeiro.

O dirigente socialista falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à saída de uma audição com o representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino.

A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 04, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, transmitiu, no entanto, ao representante da República que a coligação deve formar um governo de maioria relativa, sem acordos com outros partidos.

Vasco Cordeiro disse que “o PS mantém a sua coerência” e defende que “o partido que vence as eleições deve ter a oportunidade de ser o primeiro a submeter-se na assembleia e a formar governo”.

No entanto, lembrou que não foi isso que aconteceu em 2020, quando o PS venceu as eleições, também sem maioria absoluta, mas Pedro Catarino indigitou como presidente do Governo Regional o líder do PSD/Açores, que formou uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP e PPM e assinou acordos de incidência parlamentar com Chega e IL, que lhe garantiam 29 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa dos Açores.

“Esta situação que nós vivemos e que culminou nas eleições do dia 04 de fevereiro é um comprovativo, no fundo, de que aquilo que foi a decisão tomada em 2020 não foi a decisão correta e, portanto, todo o argumento da estabilidade caiu pela base, em relação àquilo que foi feito”, apontou.

CYB // ROC

“É uma seleção ‘A’, tal como a da Inglaterra, não é a seleção principal, pois não se tratando de um jogo oficial, não se aplicam as regras da World Rugby para a convocatória. Mesmo que quiséssemos, não poderíamos invocar os regulamentos para chamar jogadores profissionais”, disse Carlos Amado da Silva à agência Lusa.

A convocatória para a seleção de Portugal A, anunciada hoje pela Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) inclui apenas quatro jogadores que foram titulares no sábado, no triunfo da seleção nacional na Roménia (49-24), e trata-se de “uma base alargada que ainda vai sofrer várias alterações”.

A lista de 35 jogadores inclui sete jogadores dos campeonatos franceses, nomeadamente Abel da Cunha (Albi), Nicolas Fernandes (Macon), Kevin Batista (Floriac), Clement Ribeiro (Rouen), Boaventura de Almeida (Section Paloise), Gabriel Aviragnet (Albi) e Jason Rodrigues (Massy), mas a equipa técnica vai agora confirmar a disponibilidade dos mesmos.

Foram ainda chamados três jogadores do Belenenses (Manuel Worm, André da Cunha, Duarte Azevedo) e dois do Benfica (Vasco Baptista e José Rodrigues), que não devem viajar para Leicester, uma vez que os dois clubes disputam entre si, no sábado, um encontro das meias-finais da Taça de Portugal.

“Em todo o caso, é uma boa hipótese para os jogadores portugueses se mostrarem, não está em causa a valorização dos nossos jogadores. Não podemos é confundir os ‘lobos’ com a equipa que vai jogar”, reforçou o dirigente.

Questionado sobre o facto de o site da federação inglesa anunciar um confronto entre Inglaterra A e Portugal, sem mencionar que se trata, também, de uma equipa secundária portuguesa, Amado da Silva ripostou que “eles podem anunciar o que quiserem” e reforçou que Portugal não poderia “correr o risco de anunciar uma seleção principal para defrontar Inglaterra numa semana em que não pode ter os melhores jogadores disponíveis”.

“Não podemos chamar seleção nacional a uma equipa que tem potencial, sim senhor, e vai obviamente jogar para conseguir um bom resultado, mas que não tem os melhores jogadores disponíveis e num jogo que nunca contaria para o ranking mundial”, concluiu o presidente da FPR.

Sobre o apuramento da seleção principal para as meias-finais do Rugby Europe Championship 2024 (REC24), apesar da entrada em falso na Bélgica (derrota por 10-6), Amado da Silva reconheceu que Portugal começou “muito mal”, mas saiu em defesa de um grupo “com uma média de idades de 22 anos e muitas novidades”.

“As críticas que fizeram à equipa após o jogo com a Bélgica foram inapropriadas e deixaram-me muito triste. Não por mim, mas pelos jogadores. Temos uma base de recrutamento como nunca tivemos, com grandes promessas, alguns que são já certezas. Precisamos é de consistência, mas volto a dizer: nós vamos ao Austrália2027, isso é certo! Deixem-nos trabalhar, com paciência”, desabafou Amado da Silva.

O encontro entre as seleções ‘A’ de Inglaterra e Portugal está previsto para domingo, às 13 horas, no Leicester Tigers Stadium, em Leicester.

Em 08 de março, Portugal A vai defrontar também uma seleção de desenvolvimento da Irlanda, no Jamor.

No râguebi, ao contrário do futebol e da generalidade das modalidades, a seleção ‘A’ designa uma formação secundária do país.

 

SYL // NFO

Na rede social x (antigo Twitter), o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou que convocou o embaixador do Brasil em Israel para Yad Vashem, local simbólico que guarda a memória da ação dos nazis alemães contra o povo judeu, que causou o extermínio de cerca de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.

“A comparação do Presidente do Brasil, @LulaOficial, entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazis, que exterminaram seis milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória dos que foram mortos no Holocausto”, escreveu Katz.

“Não perdoaremos, nem esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, declarei o Presidente Lula ‘persona non grata’ em Israel até que ele se desculpe e reconsidere as suas palavras”, acrescentou.

O termo ‘persona non grata’ é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. 

Falando aos jornalistas na cimeira da União Africana na Etiópia no fim de semana, Lula da Silva disse que “o que está a acontecer na Faixa de Gaza e com o povo palestiniano nunca foi visto em nenhum outro momento da história. Na verdade, aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus”.

O comentário atingiu um ponto sensível em Israel, um país estabelecido como um refúgio para os judeus após o Holocausto. Israel rejeita qualquer comparação entre a sua conduta na guerra em Gaza e o Holocausto.

Após a declaração, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que os comentários de Lula da Silva “banalizaram o Holocausto” e “ultrapassaram a linha vermelha”. O governante israelita também acusou o Presidente brasileiro de ser um “antissemita virulento”.

Os comentários de Lula da Silva foram feitos depois de os líderes na cimeira da União Africana terem condenado, no sábado, a ofensiva de Israel em Gaza e apelado ao seu fim imediato.

A guerra na faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque de 7 de outubro por militantes do movimento islâmico Hamas, que invadiram o sul de Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 250 reféns. 

A guerra em Gaza matou pelo menos 28.985 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.  

Cerca de 80% da população de Gaza foi expulsa das suas casas e um quarto enfrenta a fome.

O elevado número de mortos e os danos generalizados levaram a críticas crescentes a Israel e a apelos crescentes por um cessar-fogo.

Lula da Silva já havia dito que Israel está a cometer um genocídio em Gaza e apoiou o caso da África do Sul acusando Israel de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, mas no seu comentário no domingo foi a primeira vez que comparou diretamente as ações de Israel ao Holocausto.

Em janeiro, durante uma reunião com o embaixador palestiniano, Lula da Silva condenou o ataque do Hamas em 7 de outubro, que classificou de ato terrorista, mas disse que não havia justificação para o assassínio indiscriminado de civis palestinianos e pediu um cessar-fogo.

CYR // VM

Palavras-chave:

Esta alteração ao quadro relativo às medidas restritivas de combate ao terrorismo terá um período inicial de um ano e prevê que certas categorias de intervenientes humanitários, como agências humanitárias, possam “efetuar transações com as pessoas e entidades constantes da lista [de alvos de sanções por terrorismo] sem qualquer autorização prévia, se o objetivo for prestar assistência humanitária ou apoiar outras atividades que apoiem as necessidades humanas básicas das pessoas necessitadas”, segundo referiu um comunicado do Conselho da UE.

A decisão pretende alinhar as sanções impostas pela UE com as da Organização das Nações Unidas (ONU) e garantir que as medidas restritivas não impeçam a ajuda humanitária levada a cabo por agentes imparciais.

Em 09 de dezembro de 2022, o Conselho de Segurança da ONU adotou a resolução 2664, que prevê uma “derrogação humanitária” – uma isenção humanitária permanente – às medidas de congelamento de bens impostas pelos regimes de sanções das Nações Unidas.

No quadro da resposta ao terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, a UE elaborou, em dezembro desse ano, uma lista de pessoas, grupos e entidades envolvidos em atos terroristas e sujeitos a medidas restritivas.

Estas medidas adicionais foram adotadas com o objetivo de dar execução à Resolução do Conselho de Segurança da ONU 1373 (2001) e a lista inclui pessoas e grupos que operam tanto no interior como no exterior da UE, sendo revista regularmente, pelo menos de seis em seis meses.

IG // SCA

“Temos vindo a ser intercetados por vários utilizadores que chegam ao Banco de Portugal dando nota de que estão a ser contactados em nome do Banco de Portugal através de mensagens de texto e até por chamadas telefónicas”, afirmou o diretor de sistemas de informação do BdP, Carlos Moura, à Lusa.

De acordo com o responsável, os queixosos têm recebido mensagens assinadas por um número que imita a identidade (‘spoofing’) do BdP e que sugere que o acesso às contas pode estar comprometido.

Os clientes afetados são, então, levados a ligar para um número de telefone que simula a linha de apoio do BdP e cujo “nível de atendimento é muito semelhante” ao do próprio banco central.

“Esse é o tema que neste momento mais nos preocupa, porque o nível de atendimento é muito semelhante ao nosso serviço de apoio aos utilizadores e, de alguma maneira, as pessoas são induzidas a este tipo de erro porque as pessoas acabam até por se apresentar como colaboradores do Banco de Portugal”, acrescentou Carlos Moura.

Depois desse contacto, é pedido às vítimas que instalem um programa que se assemelha a um antivírus no telemóvel com a premissa de verificar se há informações comprometidas e é dito para acederem às respetivas contas bancárias.

O programa indicado funciona como ‘malware’ e acaba por retirar as credenciais de acesso das contas dos utilizadores.

De acordo com Carlos Moura, o BdP já recebeu “várias centenas de telefonemas” no seu centro de atendimento e várias dezenas na rede regional, o que leva os responsáveis a acreditarem que “é um movimento que está presente na sociedade”.

As recomendações são várias e passam pela suspensão da partilha de dados pessoais, de dados de cartões bancários, ou pela não realização de transferências suspeitas ou instalação de ‘software’ suspeito no telemóvel ou no computador.

Quem receber uma chamada no seu telemóvel em que o número que liga é supostamente o do BdP deve reportar o caso às autoridades e contactar o Banco de Portugal, podendo fazê-lo através de e-mail info@bportugal.pt ou marcando o número 213 130 000.

O BdP disse estar a colaborar com as autoridades e que denunciou os casos recebidos.

JO // EA