Em declarações aos jornalistas após ter votado no Porto, pelas 10:40 na Escola Manoel de Oliveira, onde nem sequer teve de esperar, Augusto Santos Silva afirmou que as suas “expectativas são que de os portugueses e as portuguesas votem”, juntando-lhe o apelo para que “participem, votando”.

“Quero também agradecer aos mais de 65 mil dos nossos concidadãos que asseguram neste dia esse voto, o seu esforço inteiramente voluntário”, assinalou o político socialista.

Ainda sobre a votação, insistiu ser um dia “muito importante” depois de os partidos apresentarem as suas candidaturas e feito as suas campanhas.

“Ontem [sábado] calámo-nos todos e hoje falará o povo e todos respeitaremos a vontade do povo”, sublinhou.

Questionado sobre o facto de estar a chover no Porto e isso poder aumentar na taxa de abstenção, Augusto Santos Silva apresentou uma visão mais ambientalista: “as alterações climáticas e o risco de seca obrigam-nos a mudar e hoje temos bom tempo, temos chuva e a chuva é abençoada, a nossa melhor aliada contra a seca e, portanto, os portugueses não vão preocupar-se com a chuva e exercer na mesma o seu direito”.

Questionado sobre a participação dos portugueses que votam no estrangeiro, o presidente da Assembleia da República deu conta de terem sido recebidas “muitas dezenas e dezenas de milhar” de votos.

“Espera-se uma boa participação e estou perfeitamente convicto que aqui, no continente, e nas regiões autónomas pessoas também acorrerão em massa à votação, porque agora a decisão é delas”, concluiu.

JFO // ZO

“É muito importante ser coerente! Quando falamos da Terceira Guerra Mundial, que estamos a viver, temos de aprender as lições da Segunda Guerra Mundial”, escreveu a representação diplomática nas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.

“Nessa altura, alguém falou seriamente de negociações de paz com Hitler e da bandeira branca para o satisfazer? Então, a lição é só uma: se queremos acabar com a guerra, temos de fazer tudo o que pudermos para matar o Dragão!”, acrescentou.

O Papa Francisco apelou à “coragem de levantar a bandeira branca e negociar” para pôr fim à guerra na Ucrânia “antes que as coisas piorem”, numa entrevista à televisão suíça divulgada no sábado.

“Quando vemos que estamos derrotados, que as coisas não estão a correr bem, temos de ter a coragem de negociar. Temos vergonha, mas com quantos mortos é que isso vai acabar?”, questionou o Papa.

“Negoceiem a tempo, encontrem alguns países para mediar. Na guerra da Ucrânia, há muitos. A Turquia ofereceu-se. E outros. Que não tenham vergonha de negociar antes que a situação se agrave”, acrescentou na entrevista à Radiotelevisão Suíça.

Após a divulgação da entrevista, a Santa Sé esclareceu que o Papa não estava a falar de rendição, mas sim de negociação.

A Turquia ofereceu-se no sábado para acolher uma cimeira de paz entre Kiev e Moscovo durante uma visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Istambul.

“Qualquer proposta de resolução desta guerra deve partir da fórmula proposta pelo país que defende o seu território e o seu povo”, respondeu Zelensky à oferta do homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.

“Queremos uma paz justa”, acrescentou.

A Ucrânia exige a retirada das tropas russas do seu território, incluindo a Crimeia, anexada em 2014, como pré-condição para negociações com Moscovo.

Moscovo respondeu à exigência ucraniana afirmando que Kiev tem de se conformar com a nova realidade.

Além da Crimeia, a Rússia anexou as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia depois de ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando a guerra em curso.

Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas à Ucrânia.

PNG (HB) // ZO

Na vitória por 142-124 no reduto dos Detroit Pistons, Doncic liderou os Dallas Mavericks com 39 pontos, 10 assistências e 10 ressaltos, ‘apagando’ da lista dos recordes os cinco seguidos de Russell Westbrook.

O esloveno também reforçou o seu recorde de ‘triplos duplos’ consecutivos com pelo menos 35 pontos, somando o quinto.

“Isto mostra o nível a que está a jogar neste momento”, afirmou o treinador dos Mavericks, Jason Kidd, após o segundo triunfo seguido da equipa e 36.º da época, em 64 jogos, registo que vale para já o oitavo lugar da Conferência Oeste.

Antes do jogo com os Pistons, Doncic tinha somado ‘triplos duplos’ de 30 pontos face a Toronto Raptors (30+16+12), Boston Celtics (37+11+12), Philadelphia 76ers (38+10+11), Indiana Pacers (39+11+10) e Miami Heat (35+11+11).

No embate anterior, falhou por um ressalto (somou nove) esse registo face aos Cleveland Cavaliers, num embate em que esteve brilhante, com 45 pontos e 14 assistências.

Na presente temporada, Doncic também já conseguiu o extraordinário registo de 73 pontos – no triunfo dos ‘Mavs’ em Atlanta por 148-143, em 26 de janeiro –, marca que só Wilt Chamberlain (100 e 78) e Kobe Bryant (81).

O esloveno, que recentemente completou 25 anos, lidera a NBA em pontos (34,7 por jogos), é terceiro em assistências (9,8), 18.º nos ressaltos (9,0), sendo o líder entre os bases, e oitavo em roubos de bola (1,5).

PFO // PFO

“A expectativa é que muita gente vá votar, que este seja um dia de celebração da democracia”, disse a líder do BE depois de ter votado na Escola Básica N.º1 de Lisboa, na freguesia de Arroios.

Mariana Mortágua recordou que “há 50 anos houve tanta gente que lutou para que o voto passasse a ser um direito, livre”, esperando que “essa força da democracia seja hoje posta em prática no exercício do voto”.

“Estamos no ano em que celebramos 50 anos do 25 de Abril e eu acredito que as pessoas vão votar e que vão votar por convicção. Essa é a melhor forma de comemorarmos e de exercermos a democracia que conquistámos há 50 anos e que temos que celebrar, não só do ponto de vista simbólico, mas todos os dias e em particular no dia das eleições”, pediu.

Considerando “difícil prever a abstenção”, a líder do BE admitiu que pessoalmente gostar “de chegar às mesas de voto e de esperar para votar”, tal como aconteceu hoje.

“É sempre um bom sinal e por isso fiquei aqui feliz hoje por ter esperado alguns minutos para votar”, admitiu.

JF // ZO

Vamos chamar as coisas pelos nomes. Na linguagem escrita, essas coisas assumem a forma de @, *, …, ! e #. No registo sonoro, os vocábulos com carga emocional costumam ser camuflados com um “Piiiiiiiii” por quem edita o conteúdo que chega aos destinatários. Não são palavras, mas palavrões e evocam o que não é dito, mas que vem à mente, de forma espontânea.

Os termos interditos, ou considerados tabu, parecem possuir propriedades extraordinárias, ou uma magia própria, quando se soltam de modo enfático e sem pudor. Vejam-se os impropérios proferidos no trânsito, o remédio certo para a frustração. Um valente “f******!”, alto e bom som, produz alívio imediato para a dor. E assim que um clube desportivo perde – mas também quando ganha –, o coro de asneiras que sai das bocas dos adeptos contribui para a catarse.

O contexto e a interação verbal são essenciais para perceber se é uma estratégia de agressividade ou de violência verbal face ao interlocutor

Isabel Roboredo Seara, investigadora e professora universitária

Estes “mimos”, que parecem normalizar-se nas conversas banais, funcionam como pistas para decifrar o nosso discurso interno e as suas pequenas e grandes angústias (veja-se a sinopse do podcast Isso Não se Diz, da autoria do comediante Bruno Nogueira, no Instagram: “É essencialmente um senhor com um microfone à frente a embirrar com situações”).

De onde vem a força das palavras feias e expressões pejorativas, que afugentam quem não se quer ver à frente, mas também servem para aproximar e satisfazer necessidades de pertença?

Psicologia do obsceno

As palavras grosseiras que dizemos (“saiu-me”, “atirei-lhe à cara”, “disse-o com todas as letras”) fornecem pistas sobre o nosso psiquismo e os códigos de organização social. A história é antiga e começa quando aprendemos a falar, a perguntar e a reproduzir o que ouvimos, ainda sem noção do efeito causado.

Os “grandes” (os adultos) podem abordar a situação de uma forma criativa e rir-se, ou indignar-se e repreender (há algumas décadas, a ameaça era pimenta na língua à criança que repetisse o “calão” usado pelos mais velhos, por exemplo). Tais memórias vão sendo modificadas com as experiências de cada um, na relação com os pares e com a cultura em que cresce (basta pensar na letra disruptiva de canções da adolescência).

Nossos aliados Tema de livros, os impropérios que usamos no quotidiano parecem estar a ser mais aceites e têm várias funções

Na era vitoriana, perturbações neurológicas como a síndrome de Tourette deixavam envergonhados – e estigmatizados – os pacientes que, involuntariamente, diziam palavras obscenas (coprolalia, que afeta uma em cada dez pessoas com a condição).

No início do século passado, o psicanalista Sigmund Freud reconheceu o carácter ambíguo das palavras e a sua ligação simbólica a conteúdos latentes e vetados pela mente consciente, em abono da aceitação social. Neste contexto, as piadas e o humor teriam um papel-chave no disfarce da expressão de sentimentos agressivos e censuráveis.

Na altura, Sándor Ferenczi, seu colega e amigo, publicou um artigo sobre palavras obscenas em que destacava a sua qualidade erótica, notando que os desejos primitivos infantis recalcados no período de latência (fase do desenvolvimento sexual que precede a puberdade) eram transferidos para a linguagem. Havia, pois, que os explorar e torná-los conscientes, nomeando palavras proibidas e punidas.

O contexto importa

Muita coisa mudou na comunidade científica desde os anos 1960, mas não o suficiente, sugere um artigo publicado há dois anos no European Journal of Psychotherapy and Counseling, que defende o valor de usar linguagem profana no processo terapêutico. Porém, o tema é complexo e está longe de se resumir à gramática. Na vida mundana, “o contexto e a interação verbal são essenciais para perceber se é uma estratégia de agressividade ou de violência verbal face ao interlocutor”, observa Isabel Roboredo Seara, investigadora do Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa, acrescentando: “Quem não avaliou já como hostil o ‘você’ em determinado contexto?”

A coordenadora do jornal DIGITHUM, no Laboratório de Educação à Distância e eLearning (LE@D), sediado na Universidade Aberta, onde é professora, traz à conversa um artigo do linguista francês Patrick Charaudeau sobre violência verbal e detalha: “Se usarmos palavras como m****, preto, cretino, p*** ou sacana de forma isolada, elas podem não ter um efeito ofensivo, mas se as dirigimos a alguém com a intenção de rebaixar ou estigmatizar, já têm um valor de ofensa e de insulto.”

4 vantagens de usar palavrões

Dizer asneiras, mostram as evidências – empíricas e científicas –, é mais do que um sinal de má educação

Analgésico para a dor
Porque ajudam as vocalizações e os palavrões antes de uma competição, de um combate ou, ainda, durante um evento stressante (como o teste do balde de gelo)? A resposta de ataque ou fuga anula a ligação entre o medo e a sensação de dor (o foco da mente vai para um estímulo), explicou o psicólogo inglês Richard Stephens.

Inteligência social
Dizer asneiras é um indicador de fluência verbal, sugere estudo liderado pelo psicólogo americano Timothy Jay. No primeiro de dois testes (de um minuto), pedia-se a 49 universitários para darem o maior número de palavras iniciadas por três letras; no segundo, eram palavrões. Um melhor desempenho na primeira tarefa traduziu-se em pontuações altas na segunda.

Enfatizar mensagens
No início do ano, durante a entrevista televisiva na BBC ao secretário do Interior, James Cleverly, a jornalista britânica Mishal Husain praguejou sete vezes em menos de um minuto. O The Guardian contactou académicos e percebeu-se que os palavrões serviam para vincar um ponto.

Código de acesso para partir ou ficar
Atirar asneiras a alguém faz com que o cérebro imagine a cena, funcionando como escape para escoar a carga agressiva (destrutiva) sem as consequências de uma agressão física. Os palavrões também promovem a coesão no grupo (sentir que se está entre os seus).

Curiosamente, o carinho também pode entrar na equação. “Basta pensar num amigo que não se via há longa data. O valor do epíteto ‘meu sacana, há quanto tempo não te punha a vista em cima!’ é amigável.” Já nos enunciados interrogativos, que podem veicular uma função crítica, esta pode ser agravada com um apelativo: “Isto são horas de chegar, seu palerma?” Ou seja, “não se pode atribuir, a priori, um grau de violência às palavras, ele depende dos contextos, da perceção e da descodificação feita pelo destinatário”.

Os palavrões podem incluir-se na categoria mais vasta, dos insultos, mas diferenciam-se deles pelo tipo de dinâmica estabelecida. “Com a utilização exacerbada de dispositivos digitais, qualquer um se pronuncia sobre qualquer assunto, há mais exposição e polémica”, reconhece a docente, mas mesmo tendo em conta a disseminação de conteúdos e comentários pouco refletidos, “provavelmente não existe mais violência verbal, mas esta tem mais visibilidade”.

“WTF” e afins, à mesa

“Nós somos pensados pela linguagem, ela molda-nos”, avança Sérgio Luís de Carvalho, mestre em História Medieval pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e autor de obras nas áreas do romance, da investigação histórica e da literatura infantojuvenil. No seu Dicionário de Insultos (Planeta), encontrou centenas deles na investigação que fez para escrever o livro, mas “os palavrões não chegaram a uma dezena”. O “vai para o c******”, por exemplo, terá surgido nos Descobrimentos: “Nas caravelas, o vigia tinha a missão ingrata e dolorosa de subir ao mastro, até à ponta, correndo o risco de cair, mas o termo vem do latim caralio, que significa pau grande.”

Ironicamente, postulamos ser racionais, mas conferimos um poder mágico aos palavrões, que gravitam em torno dos mesmos temas: “São as pragas e os maus-olhados, ligados à morte, que se desfazem com antídotos verbais, e as palavras e expressões que envolvem sexo e genitais, que são a maioria.” Ninguém nega o efeito libertador de dizer “caralhadas” ou de dizer “vai bardam****”.

O significado dos palavrões evolui connosco. Vejamos o caso de passar de bestial a besta: “Há dois séculos, o pecado de sodomia era o pior de todos, o das bestas; hoje, ser bestial não é insulto, é elogio”, observa o escritor. Cada asneira (termo associado a um asno) tem a sua história: enquanto o “vai-te f…” e o “vai para o c…” evocam os interditos e o estigma, o ofensivo “filho da puta” ou “da mãe” é oriundo de um tempo em que, no registo dos filhos nascidos fora do casamento só constava o nome da progenitora – aí, a mulher e a sua descendência eram olhados de lado. Hoje é diferente, mas o efeito bélico persiste. “O antigo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, referia-se aos bastardos do Continente”, recorda Sérgio Luís de Carvalho.

Há dois séculos, o pecado de sodomia era o pior de todos, o das bestas; hoje, ser bestial não é insulto, é elogio

Sérgio Luís de Carvalho, historiador e escritor

Receber um comentário que envolva “putice” pode ser motivo de orgulho, da mesma forma que “a importação massiva de anglicismos” permite, entre pares, que se tratem potenciais parceiras por “cabra” (“bitch”), antigamente associada à presa, “alguém que vive na dependência sexual de outro, remetendo para as questões raciais”.

Na cultura americana, “motherfucker” não é palavrão e “black” também não, ao contrário de “nigga” (N word), termo depreciativo usado no passado pela organização terrorista Ku Klux Klan. Por cá, a neutralidade da palavra “negro” contrasta com a carga associada a “preto” que, no século XIX, era um termo paternalista e desqualificante (“o trabalho é bom para o preto”, “tá quieto, ó preto”).

Nas redes sociais, o uso de palavrões normalizou-se, ganhou novas conotações e aceitação. O “fuck” banalizou-se ao ponto de a sigla WTF (c’um c******!) dar nome a tarifários de telemóvel. Ou ser um assunto em filmes, recorda Sérgio Luís de Carvalho: “Em O Sol do Futuro, de Nanni Moretti, os senhores da Netflix declinam o projeto do protagonista por carecer do “momento WTF”. Brindemos, pois, aos palavrões, venham mascarados ou sejam ditos com todas as letras do alfabeto.

“Não seríamos capazes de cooperar enquanto espécie sem esta forma eficaz e não violenta de expressar sentimentos”

Autora do livro Dizer Palavrões Faz Bem (Planeta), a cientista britânica Emma Byrne admite que o uso de palavras impróprias, ou tabu, pode contribuir para nos tornar mais resilientes

Porque usamos palavrões com frequência?
Há um elemento intrigante que tem que ver com a dor ou com a necessidade de a evitar. Descobri que o uso dos palavrões pode ser muito eficaz no combate à dor e fiquei absolutamente fascinada.

O que se passa no cérebro quando dizemos asneiras?
As respostas aos palavrões, que incluem reações como o aumento da frequência cardíaca ou da condutância da pele, sinalizam que o nosso corpo se prepara para lutar ou fugir. É possível que os palavrões funcionem, preparando-nos para sermos realmente resilientes.

Dizer impropérios é um comportamento adaptativo?
É difícil ter certeza dos resultados evolutivos de qualquer fenómeno porque não podemos replicar essa evolução (em experiências científicas). No entanto, não creio que seríamos capazes de cooperar enquanto espécie sem esta forma eficaz e não violenta de expressar sentimentos.

Porque é tão tentador recorrer a palavras que têm significados pejorativos?
Os motivos para praguejar e usar palavrões são pessoais e altamente dependentes do contexto em que são ditos. Há de tudo, desde o desejo de responder a algo que causa dor ou frustração até ao de provar que se faz parte de um dado grupo social.

O que mudou desde que escreveu o livro até agora?
No Reino Unido, pelo menos, atenuaram-se as atitudes em relação aos palavrões que envolvem partes do corpo ou funções corporais. Penso que há mais consciência do poder que certos palavrões têm de funcionar como armas e causar danos reais, como os insultos sobre a cor da pele ou a sexualidade das pessoas.

Como estão a tornar-se um lugar-comum, vão deixar de ter importância?
Estou confiante de que vai sempre haver lugar para os palavrões, mesmo que o vocabulário do que consideramos como tal mude. Interrogo-me se os últimos anos não nos deram, a todos, uma enorme vontade de dizer impropérios!

O que a motivou a estudar este tema?
No início da carreira, como investigadora em ciência da computação e Inteligência Artificial, dei-me conta de que os cérebros humanos – e dos animais – são mais interessantes e complexos do que qualquer coisa que possamos fazer em computadores.

Palavras-chave:

“Eu recordo que fazemos este ano 50 anos em que assinala o 25 de Abril, é uma data por demais importante para que a abstenção saia novamente vencedora. Esta é uma oportunidade para nós reforçarmos a nossa democracia”, salientou Inês Sousa Real.

A cabeça lista do PAN por Lisboa falava aos jornalistas depois de ter exercido o seu direito de voto, cerca das 10:40, na Escola Básica 2,3 de Telheiras, em Lisboa.

A ambição de voltar a ter um grupo parlamentar e a afirmação como principal força progressista com políticas verdes marcaram a campanha do PAN, que criticou o conservadorismo da AD e a falta de obra feita do PS.

Depois de ter conseguido eleger André Silva em 2015, o PAN assegurou quatro lugares no parlamento em 2019, mas voltou a ter um único representante após as legislativas de 2022.

Durante a campanha, dois membros do PAN eleitos para a Assembleia Municipal de Faro anunciarem a desfiliação, acusando a direção nacional de estar cada vez mais distante dos seus princípios orientadores.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar hoje para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

 

JML // ZO

 

Segundo as autoridades do Hamas, pelo menos 85 palestinianos morreram nas últimas 24 horas em mais de 60 ataques noturnos, que também atingiram casas no centro e no sul de Gaza, especialmente em Khan Yunis.

Pelo menos 13 pessoas morreram quando projéteis caíram sobre tendas de pessoas deslocadas na região de Al-Mawasi, entre Khan Yunis e Rafah, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Com as vítimas das últimas 24 horas, o balanço de cinco meses da ofensiva israelita em Gaza é de 31.045 mortos, segundo as autoridades de saúde controladas pelo Hamas.

O exército israelita, cujos soldados operam em vastas áreas do território palestiniano, anunciou que cerca de 30 combatentes palestinianos foram mortos nas últimas 24 horas no centro de Gaza e em Khan Yunis.

Antes do Ramadão, o mês sagrado muçulmano de jejum que começa na segunda ou terça-feira, não há qualquer sinal de um acordo de tréguas no conflito, desencadeado pelo ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023.

Nesse dia, operacionais do grupo extremista palestiniano invadiram zonas no sul de Israel próximas da Faixa de Gaza e mataram cerca de 1.200 pessoas, fazendo ainda duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o Hamas, prometendo aniquilar o grupo islamita que controla Gaza desde 2007.

O Hamas é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Além das vítimas mortais e da destruição colossal, a guerra provocou uma catástrofe humana no pequeno território palestiniano.

De acordo com a ONU, 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes estão ameaçados de fome e 1,7 milhões de pessoas foram deslocadas do local em que viviam.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, 25 pessoas, na maioria crianças, morreram de subnutrição e desidratação.

Israel cercou a Faixa de Gaza desde 09 de outubro e só permite a entrada de ajuda por via terrestre a partir do Egito, que mantém a fronteira fechada.

Ocupada pelo exército israelita de 1967 a 2005, a Faixa de Gaza, que está sob bloqueio desde 2007, faz fronteira com Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo.

Nos últimos dias, vários países ocidentais e árabes têm estado a enviar pacotes de alimentos e medicamentos para Gaza.

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que estavam a preparar um corredor marítimo humanitário a partir de Chipre, a cerca de 370 quilómetros de Gaza.

O comando militar norte-americano anunciou hoje que um navio da sua frota está a dirigir-se para Gaza com equipamento para construir um porto temporário que permita a chegada de ajuda por via marítima.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esperava que o primeiro navio com 200 toneladas de alimentos pudesse iniciar a viagem ainda hoje.

Resta saber como é que a ajuda será transportada através do território, que é bombardeado diariamente por Israel e assolado por combates.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, voltou a criticar no sábado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que está determinado a continuar a guerra para acabar com o Hamas e entrar em Rafah.

“Ele está a fazer mais mal do que bem a Israel”, disse Biden.

Netanyahu também está a ser criticado no país, onde parte da opinião pública quer um acordo de tréguas que permita a libertação dos reféns, enquanto Israel e o Hamas se acusam mutuamente de obstruir esse acordo.

No sábado à noite, milhares de pessoas manifestaram-se em Telavive para exigir a demissão de Netanyahu, com a multidão a gritar “Eleições! Agora” e “Que vergonha para o governo”, segundo a AFP.

PNG // ZO