O piloto natural de Almada ficou a 0,623 segundos do mais rápido da sessão, o espanhol Marc Márquez (Ducati), que bateu o compatriota Maverick Viñales (Aprilia) por 0,165 segundos, apesar de ter sido acometido por uma gastroenterite durante a noite, com o sul-africano Brad Binder (KTM) em terceiro, a 0,205 segundos.

A sessão ficou marcada pela sujidade em pista, fruto da chuva que se abateu sobre aquela região do Algarve durante a noite.

Uma situação que já tinha levado à interrupção da sessão de Moto3, ao início da manhã, quando ainda faltavam 12 minutos para terminar.

Com a pista ainda húmida pela chuva da noite, apenas o espanhol David Muñoz (BOE) arriscou sair das boxes, mas por pouco tempo.

Fruto das previsões de bom tempo para o resto do fim de semana, os pilotos entenderam que não se justificava rodar numa pista que ainda apresentava vestígios de água.

Os comissários estiveram incansáveis a limpar o asfalto e a sessão de Moto2 já decorreu com normalidade.

O espanhol Manuel González (QJMOtor Gresini) foi o mais rápido, deixando o segundo classificado, Albert Arenas (QJMOtor Gresini), a 0,588 segundos, com Fermin Aldeguer (Speed Up) em terceiro, a 0,698.

Nas MotoGP, uma vez que esta sessão não conta para apurar os 10 primeiros diretamente para a Q2, os tempos não foram uma preocupação.

Na sessão da tarde, que já conta para definir as posições para a sessão de qualificação, os pilotos irão tentar voltas mais rápidas.

Hoje, o espanhol Jorge Martin (Ducati) foi o sexto classificado, a 0,422 de Márquez, com o bicampeão Francesco Bagnaia (Ducati) a não ir além do 13.º registo da manhã.

O GP de Portugal de MotoGP é a segunda de 21 provas do Mundial de Velocidade e disputa-se até domingo no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.

 

AGYR // VR

“O relatório do Tribunal de Contas referente aos apoios públicos à realização da JMJ Lisboa 2023 é um sinal muito positivo do normal funcionamento das instituições nacionais”, salientou o bispo de Setúbal numa mensagem enviada às redações.

O TdC alertou hoje os responsáveis pela JMJ para o excesso de adjudicações por ajuste direto, que representaram mais de metade dos contratos.

Sem nunca se referir a este alerta, Américo Aguiar, refere que o “escrutínio e a transparência na utilização dos investimentos públicos são bases fundamentais de funcionamento de uma sociedade democrática”.

Referindo que não lhe compete, enquanto presidente da Fundação JMJ Lisboa, “tecer considerações” sobre o trabalho do TdC, destacou apenas a importância da “tarefa fiscalizadora” daquele tribunal.

“As recomendações do Tribunal de Contas são importantes contributos para a melhoria dos procedimentos na Administração Pública e um incentivo para continuar um caminho de progresso no sentido do bem comum”, sublinhou.

Américo Aguiar agradeceu ainda à Presidência da República, ao Governo e, entre outras entidades públicas, às autarquias de Lisboa, Loures, Oeiras e Cascais, dizendo que foram “incansáveis na preparação e vivência” do evento, desde a primeira hora.

Segundo o relatório de auditoria às contas do evento da Igreja Católica, realizado em Lisboa em agosto do ano passado, foram reportados ao TdC 432 contratos, incluindo as respetivas modificações, no valor global de 64.131.635,89 euros, abaixo dos 75 milhões de euros previstos inicialmente, prevalecendo o ajuste direto, com 55,05% do valor adjudicado — 34.454.650,72 euros.

“Tendo em conta que a realização da JMJ2023 em Lisboa foi anunciada pelo Vaticano em 27/01/2019, não são inteiramente razoáveis as razões invocadas naquele regime especial permissivo para o ajuste direto”, observou o TdC no relatório hoje divulgado.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para receber a JMJ, um evento que contou com a participação de centenas de milhares de jovens de todo o mundo.

As principais cerimónias ocorreram no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

JML // ZO

O anúncio foi feito em resposta aos jornalistas, à margem de uma visita à Futurália, em Lisboa.

Questionado se espera que o ‘vice’ proposto pela IL seja eleito, ao contrário do que aconteceu na anterior legislatura com João Cotrim Figueiredo, Rui Rocha considerou que tal será “o natural”

“O que levou à não eleição da outra vez foi uma decisão mesquinha, na altura suportada por deputados do PS e PSD”, disse, defendendo que “o direito regimental” dos quatro maiores partidos indicarem vice-presidentes do parlamento é uma questão de organização interna e não de combate político.

SMA // ACL

Palavras-chave:

Zhang Bin, que iniciou funções a 23 de fevereiro, acrescentou que os países precisam de empréstimos para se desenvolver e que, para resolver as questões da dívida, devem resolver as questões do desenvolvimento.

As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa em Luanda, onde fez um rescaldo da visita do Presidente angolano, João Lourenço à China, na semana passada.

“De facto, alguns países africanos têm dificuldade em pagar as suas dívidas e a China presta atenção a esta questão”, sublinhando, acrescentando que a China ofereceu, em 2020, uma moratória da dívida aos países mais vulneráveis e assinou acordos de reformulação da dívida com vários países.

Durante a visita de João Lourenço foram negociados novos termos para o pagamento dos 17 mil milhões de dólares (15,7 mil milhões de euros) que Angola deve à China e que fazem do país lusófono o maior devedor africano aos asiáticos.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José Massano, disse no domingo em Shangdong que o acordo não envolve uma moratória, mas sim uma “refundação da mecânica de reembolso”, que envolve uma diminuição da reserva de garantia associada às prestações.

Zhan Bing sublinhou hoje que a China não faz “exigências ou pressões” em termos de dívida e que as negociações entre Angola e China neste domínio têm sido “amistosas”, levando à suspensão de pagamentos em 2020 e agora à “harmonização de divida”, através de um mecanismo que otimiza o serviço de dívida.

“Este ajustamento de harmonização reuniu consensos das duas partes e é uma resolução razoável e satisfatória que dá uma base sólida para futura cooperação China-Angola”, realçou o diplomata.

Questionado sobre os casos judiciais que envolvem a China International Fund (CIF) e antigos dirigentes angolanos de topo, como os Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento Fragoso “Dino” e o ex-vice-presidente e ex-patrão da Sonangol Manuel Vicente, que terá desviado milhões de dólares da petrolífera estatal angolana através de negócios com a CIF, adiantou que a empresa foi fundada e registada em Hong Kong e os seus investimentos em África nada têm a ver com o Governo chinês.

“É uma empresa privada”, reforçou.

Segundo Zhang Bin, China e Angola assinaram depois desta visita uma parceria de cooperação estratégica global, evoluindo para um nível mais elevado das relações entre os dois países.

Da visita resultou a assinatura de 12 novos acordos de cooperação bilateral, entre os quais se destacam os setores do comércio e investimento nas áreas de agricultura, indústria e recursos minerais.

O embaixador referiu ainda que, em termos acumulados, as empresas chinesas já investiram em Angola cerca de dois mil milhões de dólares e manifestou a intenção de aprofundar os laços interculturais, já que nos últimos anos “têm avançado mais” as relações económicas e comerciais e políticas.

“Cerca de 50 mil chineses trabalham e vivem em Angola, mas não há muito angolanos lá, a minha missão é envidar esforços para melhorar esta situação”, frisou o diplomata.

 

RCR // JMC

Palavras-chave:

“Nós achamos que não há nenhuma necessidade de um orçamento retificativo”, afirmou Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas à margem de uma visita à Futurália, feira de educação, formação e empregabilidade, em Lisboa.

Questionado sobre como é que os comunistas votariam um eventual orçamento retificativo para valorizar alguns grupos profissionais da administração pública, como professores, forças de segurança, profissionais de saúde ou oficiais de justiça, Paulo Raimundo garantiu que não é pelo PCP “que nenhuma dessas justas reivindicações deixa de andar para a frente”.

“Não há nenhuma dúvida sobre isso”, salientou.

Voltando a acusar o PS de mostrar um “grande peso na consciência” ao manifestar disponibilidade para viabilizar um orçamento retificativo neste sentido, Raimundo questionou porque é que o Governo cessante não avançou com estas medidas, e defendeu que “é a contradição que o Partido Socialista vai ter que carregar às costas”.

O líder comunista considerou que isso não foi feito antes “por opção” e que o excedente orçamental foi conseguido “à custa dos serviços públicos, de não fixar médicos, de não reconhecer o tempo de serviço dos professores, à custa dos salários dos funcionários judiciais”.

Apontando que o PS tinha “tudo na mão”, o comunista defendeu que “só não fez porque não quis”.

“Por isso é que eu acho que é um peso de consciência”, afirmou, indicando que o PCP não alimenta “fugas para a frente e muito menos peso de consciência de outros”.

Raimundo defendeu também que “há muitos problemas para retificar” e desafiou o próximo Governo liderado por Luís Montenegro, primeiro-ministro indigitado, a incluir no orçamento retificativo o fim dos “benefícios fiscais de 1.600 milhões de euros que estão a ser atribuídos desde janeiro a esta parte aos grandes grupos económicos” ou da “transferência de metade do orçamento do Serviço Nacional de Saúde para o negócio privado da doença”.

O secretário-geral do PCP afirmou também que Luís Montenegro “tem que fazer a leitura do que se passou nas eleições”.

“Se o atual primeiro-ministro indigitado considera que aquilo que se passou foi um apoio ao seu programa, está muito enganado”, defendeu, considerando que “é bom que não se confunda a exigência de mudança que se expressou no ato eleitoral com algum apoio a medidas que rebentarão nas mãos sempre dos mesmos”.

Raimundo reiterou que não tem “expectativa nenhuma sobre o novo governo, independentemente da sua composição”.

“Conhecemos o programa, conhecemos os objetivos que têm, tudo indica que todas as preocupações que foram manifestadas, inclusive ontem naquela manifestação do ensino superior, se vão adensar, que torna a situação ainda mais difícil. Mas o facto de ela ser mais difícil não quer dizer que seja impossível de superar”, defendeu.

Paulo Raimundo antecipou que o novo Governo trará “políticas que são erradas e que não vão corresponder aos problemas da juventude”, que “não encontra no seu país condições para a sua realização pessoal e profissional” e defendeu que essa questão “só se resolve” com o aumento geral de salários.

Quanto ao ensino superior, Paulo Raimundo saudou a “grandiosa manifestação dos estudantes” na quinta-feira e defendeu que transmitiram “preocupações justíssimas”, como o “fim das propinas, a resolução de um problema gravíssimo de hoje que é o alojamento estudantil”, ou “o reforço do valor das bolsas”.

“É preciso dar resposta e há condições para o fazer”, afirmou.

 

FM // ACL

Palavras-chave:

O Departamento de Justiça dos EUA, juntamente com 16 procuradores estatais e distritais, avançou com uma queixa em tribunal contra o que considera ser um monopólio com práticas ilegais da Apple no mercado dos smartphones. A fabricante é acusada de aumentar os preços para consumidores e programadores à custa de tornar os utilizadores cada vez mais dependentes dos seus equipamentos. A imposição “seletiva” de restrições contratuais e a limitação de vias de acesso críticas ao telefone são também duas práticas mencionadas como impeditivas da competição no segmento.

Os representantes do Governo dos EUA descrevem pelo menos cinco formas de como a Apple está a manter o monopólio:

1 – Impedir o crescimento de ‘super-aplicações’, aplicações que incluem várias funcionalidades e que podiam diminuir a atratividade do iPhone e tornar mais fácil a migração para aparelhos de outras marcas;

2 – Bloqueio de aplicações de streaming na cloud para atividades como videojogos e que diminui a necessidade de aquisição de hardware mais caro;

3 – Diminuir a qualidade das trocas de mensagens entre iPhone e plataformas rivais, como o Android;

4 – Limitar a funcionalidade de smartwatches de terceiros nos iPhone e tornar mais difícil para os utilizadores de Apple Watch de mudar para outros equipamentos;

5 – Impedir os programadores de criarem ‘carteiras’ digitais rivais, com funcionalidades tap-to-pay para o iPhone.

Jonathan Kanter, responsável pela divisão de concorrência de mercado do Departamento de Justiça, afirma que a Apple impôs e invocou durante anos várias regras contratuais e restrições que lhe permitiram extrair preços elevados dos consumidores, impor taxas mais altas para criadores e programadores e diminuir as alternativas competitivas criadas por rivais.

Ao tribunal é pedido que impeça a Apple de “usar o seu controlo na distribuição de aplicações para minar as tecnologias multi-plataforma como as super-aplicações ou as aplicações de streaming na cloud; (…) de usar APIs privadas que minem tecnologias multiplataforma como mensagens, smartwatches e carteiras digitais; (…) invoquem termos e condições dos contratos com programadores, fabricantes de acessórios, consumidores ou outros para obter, manter, estender ou entrincheirar o monopólio”, cita o The Verge.

Do lado da Apple, o porta-voz Fred Sainz explicou em conferência de imprensa que o processo “ameaça quem somos e os princípios que definem os produtos Apple num mercado ferozmente competitivo. Se for bem sucediddo, irá prejudicar a nossa capacidade de criar o tipo de tecnologias que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se interseccionam. Também irá estabelecer um precedente perigoso, dando aos governos poder para ter mão pesada no desenho de tecnologia para consumidores. Acreditamos que o processo judicial está errado nos factos e na lei e vamos defender-nos vigorosamente ”.

Neste momento, discute-se, nos Estados Unidos, a forte possibilidade de se banir o TikTok nas lojas de apps na “land of the free”. A proposta legislativa para o efeito já foi aprovada na Câmara dos Representantes e o presidente Joe Biden já anunciou que, caso receba a lei, a aprovaria. Ora, na prática, só falta o “sim” do Senado para a lei. Em poucas palavras, a proposta legislativa em análise impõe à ByteDance, dona do TikTok, a venda desta rede social a uma entidade que satisfaça as autoridades norte-americanas. Esta intenção não é nova. Na verdade, desde a administração Trump que o assunto tem sido discutido.

Naturalmente, as consequências de uma decisão deste tipo são muitas e vastas. E há quase uma infinidade de aspetos passíveis de análise. Para começar, as razões invocadas pelos americanos: riscos potenciais para a segurança nacional. A ByteDance, claro, rejeita as acusações que partilha informações dos utilizadores do TikTok com o governo chinês ou que manipula o conteúdo apresentado na plataforma. Ora, basta conhecer um pouco a realidade chinesa para perceber que, de forma alguma, a ByteDance pode dar garantias de independência relativamente ao governo chinês.

Quanto à manipulação do conteúdo, de facto não é evidente que o TikTok o faça. Mas alguém estaria à espera que o TikTok apresentasse vídeos a queimar a bandeira americana? Ao contrário do que é habitual no Ocidente, onde tendemos a pensar a curto e médio prazo, a China planeia a longo prazo. Para lá do tempo de vida dos decisores. São sementes que se depositam aqui e ali. Com pequenos incrementos de cada vez. Na verdade, até podemos alegar que a simples perda de tempo resultante do uso do TikTok pode, a longo prazo, resultar numa sociedade menos conhecedora e, portanto, bem mais fraca – na China, o controlo é forte e os cidadãos daquele país, sobretudo os jovens, estão muito limitados no tipo de conteúdos disponíveis e no tempo de utilização. Uma das forças do TikTok está no algoritmo, o que também significa que não será difícil, no tal plano de longo prazo, usar o mesmo algoritmo para implantar ideias mais favoráveis aos interesses chineses.

Depois, podemos analisar a forte reação chinesa. No caso concreto dos Estados Unidos, o TikTok reagiu de uma forma que parece dar razão às acusações: com uma ‘enxurrada’ de notificações, pedindo aos utilizadores que pressionassem os seus congressistas a votar contra a proposta legislativa. Ou seja, o TikTok usou o seu poder de comunicação para tentar influenciar uma decisão política. Ainda antes vieram as ameaças claras sobre consequências para as tecnológicas americanas. Irónico, considerando que a China bloqueou a maioria das plataformas de media e redes sociais americanas, incluindo o YouTube, X (Twitter), Instagram, Facebook e WhatsApp. Isto porque estas plataformas recusaram aceitar o controlo do governo chinês… O tal que nega controlar o TikTok.

Ainda mais importante é o ecossistema legislativo e regulamentar. É verdade que as redes sociais ocidentais também têm muitos problemas relacionados com a privacidade dos dados e manipulação da informação. Basta lembrarmo-nos da eleição de Trump, do Brexit ou, mais recentemente, da ‘total liberdade de expressão do X’, onde links para artigos com opiniões negativas sobre Musk foram bloqueados. Mas uma das grandes diferenças é que, no Ocidente, há ferramentas, a começar pela capacidade de investigação jornalística, de revelar estes problemas e tornar a discussão pública, muitas vezes com consequências legais ou regulamentares. Como aconteceu, por exemplo, no escândalo Cambridge Analytica. Na China, não há estas ferramentas porque, também, não há verdadeira liberdade de imprensa e de discussão política.

Mas a resposta inteligente será o bloqueio? Um género de ‘guerra preventiva’, uma condenação sem direito a defesa? Aplicar aos outros exatamente aquilo que condenamos que façam a nós? Não me parece. Faz sentido discutir o tema? Claro. Mas, se é para regular e legislar, temos de ser inteligentes e criar regras iguais para todas as plataformas, independentemente da sua origem. Ainda mais importante, temos de estar atentos, apostar na educação e no conhecimento… No fundo, voltar às bases que tornaram as democracias ocidentais resilientes.

Palavras-chave:

A Google treinou um modelo de Inteligência Artificial (IA) com aprendizagem automática a e com dados relevantes, como eventos históricos, leituras dos níveis dos caudais dos rios, elevação e leituras de terreno para conseguir prever, com exatidão e com uma antecedência de sete dias, a probabilidade de ocorrerem cheias. Este tipo de desastre natural é o mais frequente no mundo, pelo que qualquer sistema de aviso antecipado e preciso será sempre útil para as populações.

Num estudo publicado agora na revista Nature, a Google conta usou a IA para gerar mapas localizados e executar “centenas de milhares” de simulações para cada localização, numa combinação de técnicas que permitiu aos modelos prever com precisão a possibilidade de cheias.

Nesta fase, o sistema produziu modelos bastante precisos para localizações muito particulares, mas a Google quer aplicar os mesmos princípios para resolver o problema à escala global. A antecedência máxima que se conseguiu com este modelo foi de sete dias, mas a média ficou-se pelos cinco dias de avanço, o que já é uma melhoria considerável face aos modelos atuais, explica o Engadget.

O modelo disponibilizou informação para 80 países, com uma população total de 460 milhões de pessoas e as previsões foram disponibilizadas no Google Search, Google Maps, notificações de Android e na app Flood Hub, que a Google lançou em 2022.

Para o futuro, a tecnológica quer continuar a explorar o potencial de aprendizagem de máquina para criar melhores modelos de previsão de cheias e trabalhar em parceria com investigadores académicos neste sentido.

“Antes da divulgação oficial do calendário do ATP Tour para 2025, a ser conhecida dentro de algumas horas, a organização do Millennium Estoril Open vem esclarecer que, para já, o torneio português não estará incluído na programação”, lê-se em comunicado.

A organização do único torneio português do principal circuito masculino do ténis mundial promete, no entanto, “e em conjunto com o ATP Tour”, continuar “a explorar todas as vias para que o torneio se realize em 2025 e anos seguintes, continuando assim uma longa e bem-sucedida colaboração”.

“Como foi previamente anunciado pelo ATP Tour, o crescimento de todos os eventos ATP Masters 1.000 de uma semana para torneios de 12 dias (à exceção de Monte-Carlo e Paris), juntamente com o upgrade de três torneios ATP 500, implica um menor número de semanas disponíveis no calendário. No caso do Millennium Estoril Open, prosseguem as conversações para se encontrar a melhor solução possível, tendo em conta a nova calendarização que passa a estar vigente em 2025”, esclarecem ainda os organizadores.

O Estoril Open realizou-se entre 1990 e 2014 no Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras, sob uma organização diferente, tendo-se mudado em 2015 para o Clube de Ténis do Estoril, com o cunho da 3LOVE.

“A reformulação do calendário e o consequente aumento de semanas nos torneios Masters 1.000 tem um impacto inevitável no número de semanas disponíveis no calendário do ATP Tour em 2025 — mas, no caso do Millennium Estoril Open, prosseguem as diligências para se encontrar a melhor solução e continuarmos a organizar no futuro o maior evento tenístico nacional”, declarou o diretor do torneio, João Zilhão, citado em comunicado.

A edição de 2024 do Estoril Open começa em 30 de março, com o quadro principal a arrancar em 01 de abril.

AMG // NFO

Palavras-chave:

Os investigadores utilizaram nanopartículas emissoras de luz para seguir o movimento das moléculas de água em redor da nanopartícula à medida que a temperatura do fluido aumenta.

“Observámos dois tipos distintos de movimento, sugerindo que, abaixo dos 45 ºC, a água alterna entre o estado líquido de baixa densidade (LDL) e o estado líquido de alta densidade (HDL), mais comum na água líquida, fazendo com que as nanopartículas se movam mais lentamente”, diz Luís Carlos um dos investigadores da equipa da UA.

“Acima desta temperatura, a água existe maioritariamente no estado HDL, o que leva a um movimento mais rápido das nanopartículas”, acrescenta Luís Carlos.

Ao controlar a proporção relativa das estruturas moleculares LDL e HDL, os cientistas poderão agora ser capazes de influenciar o comportamento da água líquida.

Luís Carlos dá como exemplo a existência no futuro de um processo de dessalinização da água mais efetiva.

“O LDL é 20% menos denso do que o HDL, afetando a forma como a água se move, o que poderá ajudar-nos a remover o sal da água do mar com mais eficiência”, antevê.

A explicação é de que “a água se comporta de forma ‘camaleónica’, existindo como uma mistura de duas formas: um líquido de baixa densidade (LDL) e um líquido de alta densidade”.

No primeiro, as moléculas ligam-se ocupando um volume maior, enquanto no segundo, o líquido de alta densidade, as moléculas ligam-se de forma mais compacta”, aponta o investigador. 

A ideia de que a água pode ser descrita como uma mistura de duas estruturas diferentes de ligações de hidrogénio foi proposta pela primeira vez em 1892 por Wilhelm Röntgen, um físico alemão que recebeu o primeiro Prémio Nobel da Física em 1901 como reconhecimento pela sua descoberta dos raios-X, tendo sido revisitada no final do século XX.

“Embora haja evidências que confirmem a coexistência destas duas formas da água a temperaturas muito baixas, a sua comprovação à temperatura ambiente tem sido um quebra-cabeças”, explica Luís Carlos.

Além de Luís Carlos, a equipa de investigação contou com a participação de Fernando Maturi, Ramon Filho e Carlos Brites, todos investigadores do Departamento de Física e do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO), e teve ainda a parceria da Universidade de Singapura e do Harvey Mudd College (USA).

MSO//LIL

Lusa / Fim