Segundo a imprensa local, o agressor, que atacou na altura em que o pastor lia o sermão, acabou preso pelas autoridades policiais ainda dentro da igreja.

Segundo as primeiras informações, a polícia adiantou que o suspeito está a colaborar nas investigações e assegurou que as vítimas feridas não correm perigo de vida.

Desconhece-se, para já, que arma foi usada no ataque, que ocorreu na Igreja de Cristo do Bom Pastor, em Wakelye, arredores de Sydney, bem como as motivações do agressor.

No vídeo do sermão, transmitido ao vivo, um homem vestido com roupas escuras pode ser visto a aproximar-se do pastor antes de parecer atacá-lo.

Várias outras pessoas tentaram intervir, ouvindo-se, depois, gritos de horror, segundo reporta a BBC Austrália. 

“As pessoas feridas sofreram ferimentos sem risco de vida e estão a ser assistidas por paramédicos”, disse a polícia em um comunicado.

A comunidade local foi aconselhada a evitar a área.

O esfaqueamento ocorre dias depois de seis pessoas terem sido mortas num centro comercial também em Sydney.

O agressor foi posteriormente morto a tiros por um agente da polícia.

Não há nenhuma indicação de que os dois eventos estejam ligados.

 

JSD //APN

O inédito ataque direto do Irão a Israel poderia fazer supor uma forte pressão de subida nos preços do petróleo. Mas, no arranque desta semana, as cotações do ouro negro seguiam relativamente estáveis. Os analistas explicam que os investidores já estavam a incorporar nos preços a possibilidade de uma ação retaliatória por parte de Teerão, após o ataque de Telavive ao consulado do Irão na Síria no início de abril. E, para já, o mercado dá sinais de estar a apostar numa resposta contida de Israel o que, a confirmar-se, poderia prevenir uma grande escalada do conflito.

Isso refletiu-se na descida de cerca de 0,80% do preço do ‘brent’, referência para Portugal, esta segunda-feira para 89,78 dólares, aliviando do máximo de seis meses registado no final da semana passada. “Existem argumentos que sugerem que a resposta [de Israel] pode ser limitada”, observam os analistas do Goldman Sachs, numa nota a que a EXAME teve acesso. Referem que “a natureza bem telegrafada e relativamente limitada do ataque do Irão sugere que este foi calibrado para ter uma retaliação contida” e que “estão a decorrer esforços internacionais para limitar o risco de uma escalada militar, com o presidente Biden a enfatizar a natureza diplomática da resposta que planeia coordenar com os outros líderes do G-7”.

Apesar de os dados da negociação desta segunda-feira sugerirem uma relativa acalmia nos mercados, os preços do petróleo já negociavam em valores elevados devido aos receios de um cenário desse tipo. “Os mercados de energia continuam a ser o principal mecanismo de transmissão de conflitos e tensões regionais ao resto da economia mundial”, nota Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics. Numa análise a que a EXAME teve acesso, o especialista realça que “os preços do ‘brent’ já tinham subido de 83 dólares para 90 dólares na semana passada, impulsionados em parte pelas preocupações sobre a oferta e os riscos geopolíticos dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia”.

Os preços do ‘brent’ já tinham subido de 83 dólares para 90 dólares na semana passada, impulsionados em parte pelas preocupações sobre a oferta e os riscos geopolíticos dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia

neil shearing

Warren Patterson nota, por seu lado, e citado pela Reuters, que “o ataque já estava bastante incorporado nos preços nos dias que o antecederam”. O diretor de análise de matérias-primas do banco ING salienta que o facto de os danos do ataque terem sido limitados “podem significar que a resposta de Israel seja mais comedida”.  

No entanto, facilmente esta aparente tranquilidade dos mercados pode ser interrompida, tendo em conta o ambiente de alta tensão que se verifica no Médio Oriente e o cenário de guerra na Ucrânia. Mesmo com a comunidade internacional a tentar colocar água na fervura, o facto é que este foi o primeiro ataque direto do Irão a solo israelita. Os analistas do Goldman Sachs admitem “que não se responder firmemente a um ataque deste tipo poderá ser visto como um precedente perigoso e seria inconsistente com o anterior ‘modus operandi’ de Israel”.

Os especialistas do banco americano não descartam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, como a Rússia, podem cortar mais a produção para fazer valer os seus pontos geostratégicos. Também Teerão corre o risco de ver a sua exploração de petróleo – destinada sobretudo para a China – afetada. O Irão é responsável por 3,3% da produção mundial. Além disso, ambos os conflitos podem afetar infraestruturas de produção, refinação e o transporte de produtos petrolíferos. E, num ambiente geopolítico altamente inflamado, qualquer faísca pode levar a uma escalada rápida dos preços.

Palavras-chave:

De acordo com os dados da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, o Mediterrâneo Central foi a única grande rota marítima a apresentar um recuo homólogo de 59% nos primeiros três meses do ano, para as 11.400, das quais 6.700 deteções em março.

Em 2023, o maior número de deteções de migrantes irregulares foi feito nesta rota.

A rota dos Balcãs Ocidentais também registou uma quebra de 64% nas travessias irregulares entre janeiro e março, para as 5.485.

Os maiores aumentos homólogos assinalaram-se, por seu lado, nas rotas da África Ocidental (510%, para as 13.575 deteções nas Canárias, Espanha), tendo esta registado o maior número desde que há registos na Frontex (2011), e do Mediterrâneo Oriental (109%, para as 13.716).

No Mediterrâneo Ocidental, por outro lado, as entradas irregulares de migrantes aumentaram 45%, face ao primeiro trimestre de 2023, para as 3.057.

IG//APN

A dívida pública e a garantida pelos governos “chegou a 462 mil milhões de dólares [433 mil milhões de euros] em 2022, comparada com os 189 mil milhões de dólares [177 mil milhões de euros] registados em 2012” lê-se no relatório Pulsar de África, divulgado nas vésperas dos Encontros Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que começam hoje em Washington.

Em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), “a média de dívida externa passou de 17%, em 2012, para 28% em 2022”, relava o Banco Mundial.

“A dívida pública parece estar a estabilizar, mas em níveis elevados e mantendo os riscos” de incumprimento e de sobre-endividamento que têm marcado as economias africanas nos últimos anos”, refere-se no documento, da responsabilidade do gabinete do economista-chefe para África do Banco Mundial.

Os economistas notam também que “estes aumentos foram acompanhados de uma mudança para credores não tradicionais, incluindo Eurobonds [emissões de dívida em moeda estrangeira nos mercados internacionais] e dívida bilateral de credores fora do Clube de Paris, em particular a China”.

No final de 2022, os credores bilaterais, ou seja, os países, representavam apenas 9% do total de dívida externa, quando em 2010 o valor representava 20%, com a parte da dívida bilateral chinesa a subir de 7% para 11%, as emissões internacionais de dívida, que era zero nos países de baixo rendimento, é agora de 3%, e subiu de 28% para 35% nos países de rendimento médio.

“Os riscos de sobre-endividamento na África subsaariana subiu significativamente em resultado de mais endividamento em termos menos concessionais”, devido ao aumento do recurso a emissões de dívida e uma redução dos empréstimos dos países e das instituições multilaterais de desenvolvimento, que emprestam tradicionalmente com taxas de juro menores e maturidades maiores que os empréstimos da banca comercial.

Assim, o risco de sobre-endividamento nos países de baixo rendimento aumentou e, segundo os parâmetros que sustentam esta análise, metade desses países, onde estão todos os lusófonos africanos à exceção de Angola e Guiné Equatorial, estão ou já em situação de sobre-endividamento ou em risco de estarem.

Devido ao encarecimento das taxas de juro, baixa tributação e elevada exposição aos mercados internacionais, os países africanos têm explorado de forma mais profunda os mercados nacionais, que estão a ter um papel maior no financiamento dos países onde operam.

“Num contexto de fraca tributação fiscal, os governos recorreram à dívida interna para financiar as grandes necessidades de desenvolvimento, com a média de dívida interna face ao PIB a subir de 8,5%, em 2012, para 20,7% em 2023”, lê-se no relatório, que dá conta dos impactos negativos disto na capacidade de financiar o desenvolvimento e de servir (conseguir pagar) a própria dívida.

O serviço de dívida total aumentou 46,6 mil milhões de dólares (quase 44 mil milhões de euros), entre 2012 e 2022, e o fim da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), criada durante a pandemia, resultou num grande aumento do serviço da dívida, colocando o total do valor do serviço da dívida em 97,2 mil milhões de dólares (91,1 mil milhões de euros), em 2023, mostra o relatório.

MBA // ANP

O triunfo em casa dos vimaranenses para a Taça, com um golo de Pepê, aos 52 minutos, foi o último alcançado pelos portistas, que atravessam uma crise de resultados na I Liga, na qual seguem sem ganhar há três jogos.

Para marcar presença na sua 34.ª final da Taça, que já ergueu por 19 vezes e da qual é detentor, o FC Porto terá de inverter um ciclo negativo frente a um Vitória em alta, face aos recentes resultados e à aproximação ao terceiro lugar da I Liga.

Após o triunfo na primeira mão em casa do Vitória, o FC Porto voltou a medir forças com a equipa vimaranense para o campeonato, mas desta vez perdeu em casa por 2-1, em 07 de abril, somando a segunda derrota consecutiva, após o desaire no Estoril Praia (1-0).

A conquista de apenas um ponto nos últimos três jogos da I Liga — alcançado no sábado em casa com o Famalicão (2-2) – deixou os portistas na terceira posição, com 59 pontos, em igualdade com o Sporting de Braga, e a 15 do líder Sporting e 11 do Benfica.

FC Porto e Vitória de Guimarães encontram-se pela terceira vez num curto espaço de tempo e o saldo apresenta um triunfo para cada equipa, sendo que o terceiro jogo, na quarta-feira, vale a presença na final da Taça, no Estádio Nacional, em Oeiras, com o Sporting.

Apanhado no domingo pelo Sporting de Braga no terceiro lugar, o FC Porto procura a serenidade necessária para carimbar a presença na final e assim poder ainda erguer um troféu esta temporada.

Sérgio Conceição, ultimamente crítico em relação a erros de arbitragem, não poderá contar para este jogo com o avançado brasileiro Evanilson, expulso com o cartão vermelho direto nos descontos do jogo com o Famalicão, por uma cabeçada em Mihaj.

Evanilson, que é o melhor marcador da Taça, com sete golos, desfalca assim o conjunto portista para um jogo decisivo e aumentou para nove o número de vezes que o cartão vermelho foi mostrado aos ‘dragões’ esta temporada na I Liga.

O FC Porto procura ainda frente ao Vitória redimir-se dos resultados nos últimos jogos e fazer as pazes com os seus adeptos, que brindaram os jogadores e treinador, no último sábado frente ao Famalicão (2-2), com um coro de assobios.

Por outro lado, o Vitória está moralizado, ainda na luta pela aproximação ao terceiro lugar da I Liga, que se encontra à distância de dois pontos, e volta ao Dragão, onde venceu há duas jornadas por 2-1, agudizando ainda mais a crise dos portistas.

O empate na última jornada em casa com o Farense (1-1), após um ciclo de cinco triunfos consecutivos na I Liga, impediu a equipa orientada por Álvaro Pacheco de se juntar a FC Porto e Sporting de Braga no terceiro lugar, mas não belisca o bom momento dos minhotos.

FC Porto e Vitória defronta-se na quarta-feira, pelas 20:15, no Estádio do Dragão, no Porto, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto, na segunda mão das ‘meias’, depois do triunfo dos portistas por 1-0 em Guimarães.

APS // JP

“A questão da igualdade de oportunidades reveste-se de uma enorme importância: os direitos das empresas, condições de concorrência leal, acesso aos concursos públicos. Tem que haver acesso aos concursos públicos [na China]”, defendeu Scholz em Xangai, a “capital” económica do país asiático, após ter reunido com representantes de empresas.

Scholz acrescentou que quando se deslocar a Pequim, na terça-feira, vai abordar o assunto com o Presidente chinês, Xi Jingping, com quem, para além das questões geopolíticas, vai falar sobre as condições para uma concorrência leal, a transformação ecológica e os investimentos que são “essenciais para que a economia se desenvolva de uma forma que aumente a prosperidade e não prejudique o ambiente”.

Questionado sobre o impacto para o mercado europeu dos veículos elétricos fabricados na China, o chanceler sublinhou que a economia alemã, “um dos países exportadores mais bem-sucedidos do mundo”, baseia-se em ser “globalmente competitiva”.

A Comissão Europeia (CE) está a investigar os subsídios atribuídos aos fabricantes de carros elétricos pelo Estado chinês. A investigação pode resultar na aplicação de taxas alfandegárias punitivas, contra as quais Scholz já se pronunciou.

As empresas alemãs “vendem em todo o lado. Em todo o lado estão envolvidas nas cadeias de abastecimento, relações e investimentos”, afirmou.

“O nosso modelo é sermos tão competitivos que possamos ganhar à concorrência em todo o lado”, reiterou, razão pela qual a Alemanha está empenhada em “condições de concorrência justas” e não no “protecionismo”.

Durante o seu encontro com Xi, Scholz vai também apelar à China para que deixe de fornecer bens civis e militares de dupla utilização à Rússia, uma vez que “ninguém deve contribuir” para a “guerra de conquista” de Moscovo na Ucrânia.

“Do ponto de vista da China, estes produtos são utilizados para fins civis, mas na realidade a Rússia utiliza-os para fins militares. Temos de analisar bem esta questão”, observou.

O chanceler, que iniciou a sua segunda visita oficial à China no sábado passado, acompanhado pelos responsáveis alemães pelo ambiente, Steffi Lemke, transportes e digitalização, Volker Wissing, e agricultura, Cem Özdemir, regressará à Alemanha depois de visitar Pequim na terça-feira, a última etapa da sua viagem.

 

JPI //APN

A ativista do Climáximo Matilde Alvim disse à Lusa que o julgamento irá decorrer no Campus de Justiça nos dias 22, 23 e 24 de abril e que estão a ser organizadas “atividades de solidariedade e resistência” ao longo dos três.

Os 11 ativistas em julgamento, com idades entre 20 e 58 anos, estão acusados de “desobediência civil” e “interrupção das comunicações” e, em caso de condenação, arriscam penas superiores a um ano de prisão.

“A poucos dias dos 50 anos da Revolução dos Cravos, 11 apoiantes do Climáximo vão estar a ser julgados em tribunal pelo protesto político de bloqueio da Avenida Eng. Duarte Pacheco, em Lisboa, que ocorreu em dezembro de 2023. O julgamento vai durar três dias e conta com dezenas de testemunhas, para além de um programa em solidariedade que promete envolver e organizar os próximos passos do movimento pela justiça climática” – as “Assembleias de Abril”, precisa informação divulgada pelo Climáximo.

Segundo o movimento, “as 11 pessoas serão julgadas por terem lutado pela vida” no planeta.

“Não podemos normalizar a violência extrema que é a crise climática. A seca no Algarve, os milhões de pessoas atualmente deslocadas, e os milhares de mortes devido à crise climática. Sabemos que os governos e as empresas continuam os seus planos de destruição. Delegar-lhes a responsabilidade de travar a crise climática é o mesmo que esperar que o ditador ponha fim à ditadura”, adianta o movimento.

O programa de ações em defesa do clima inclui debates sobre os “Planos de Desarmamento e de Paz” do Climáximo, palestras e assembleias abertas de “construção dos próximos passos do movimento”.

FC // JMR