As nossas reservas de ouro valem agora 33 mil milhões de euros, colocando Portugal na 14.ª posição no ranking mundial, logo abaixo do Cazaquistão. Os ladrões da Casa de Papel precisariam de muito mais tempo para fazer evaporar tanto ouro.
As 382,5 toneladas de ouro estão guardadas principalmente no Banco de Portugal (na Casa de Papel) e em Inglaterra, sendo que, no nosso aliado britânico, está a parte mais significativa dos 74% das reservas internacionais portuguesas em ouro—uma posição de fazer inveja a muitos países.
Para melhor explicar: as reservas internacionais são ativos detidos pelo Banco de Portugal para garantir a estabilidade financeira do país e para intervir no mercado cambial, se necessário. Essas reservas podem ser compostas por ouro, moedas estrangeiras, títulos do Tesouro de países confiáveis e outros ativos líquidos.
Portugal aposta dois terços das suas reservas em ouro, enquanto outros países optam por uma maior diversificação. Por agora, ninguém conhece outro metal precioso que garanta tanta estabilidade e credibilidade internacional. Mas seremos assim tão ricos?
Não é para desiludir, mas, em teoria, e dividindo, cada português teria direito a cerca de 37 gramas de ouro—o equivalente a duas alianças, uma moeda de pouco mais de uma onça ou, ao câmbio atual, a cerca de 3.372 euros. É o que é! Claro que o rácio é muito mais elevado na Arábia Saudita, muito ouro para pouca população, mas Portugal está muito acima da China e da Índia nesse indicador.
Os Estados Unidos lideram a lista, com 8.133 toneladas, e sobre isso Trump ainda não se pronunciou.
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