A confusão entre os comentadores intensificou-se com o desejo do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de libertar a disciplina de Cidadania das “amarras ideológicas”. O debate centra-se especialmente no tema do género, com opiniões fervorosas e divergentes. Radicais, mesmo. Não seria mais produtivo começar por refletir sobre essa ideologia, que se tornou tão popular?
A ideia de que o género masculino ou feminino não é determinado exclusivamente pelo sexo biológico, mas por construções sociais e percepções individuais, é uma teoria que muitos, como eu, consideram absurda e perigosa. Esta perspectiva tem, em alguns casos, levado à desagregação de famílias e afetado jovens influenciáveis em várias fases do seu processo de crescimento.
Ao comprometer a clareza das identidades, especialmente entre crianças e adolescentes, promovendo a transformação de género, podem estar a causar-se impactos físicos e psicológicos irreversíveis. Isso torna-se particularmente grave quando são aconselhados ou aplicados tratamentos hormonais e cirurgias de transição. A ideologia de género, vista por muitos como um negócio lucrativo, pode servir para desresponsabilizar os pais e validar dinâmicas familiares desestruturadas. Esta ideologia distorce a realidade, e, como tal, é profundamente irracional.
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