Com o devido respeito, e de acordo com os especialistas, professores e técnicos, um sismo de 5,3 na Escala de Richter é mais ou menos insignificante. Ficamos todos mais descansados, despreocupados e animados? Estranha insignificância, esta.
A escala começa em 2.0, e de 5.0 a 6.0, a energia libertada pode causar danos moderados em edifícios bem construídos e rachaduras nas paredes. Não passa despercebido a ninguém. Obviamente, explicam os entendidos, que um 5.3 pode ser sentido de forma diferente, dependendo da localização, distância e outras variáveis.
Mais serenos e amenos? Também ficámos a saber, por acaso, que a Proteção Civil só aciona os seus mecanismos de alerta e emergência a partir dos 6.1, quando a Escala já prediz, para sismos entre os 6.0 e os 6.9, uma «destruição significativa em áreas povoadas e queda de edifícios». Só nessa altura? À primeira vista, não parece prudente. Talvez antecipar o modelo de alerta: que tal 5.9 ou 6.0? É intrigante o 6.1, mas haverá, certamente, uma explicação científica elementar.
Insignificante ou não, a verdade é que o sismo de 5,3 a 50 quilómetros de Sines está acima da metade da Escala do senhor Charles Richter (desenvolvida em 1935) e isso não tranquiliza ninguém. Muito menos a ideia de que réplicas fracas são um bom sinal. Há algum bom sinal num terramoto?
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