Israel atacou diretamente Beirute – no local onde estava o comandante do Hezbollah responsável pelo ataque à escola israelita – numa escalada que não se conhecia há dezenas de anos. Foi um ataque cirúrgico, limitado, mas que demonstra que os israelitas nunca deixarão por mãos alheias a retribuição do mal praticado contra os seus.
O Hezbollah não é o Hamas, nem o Líbano se compara à Faixa de Gaza. E o Governo israelita e os seu aliado principal, os EUA, sabe bem que um passo destes poderá resultar num conflito aberto com mais um grupo terrorista financiado e armado por Teerão, e que usa o território libanês para ter acesso a meios e capacidades militares poderosas. Estes jogos de guerra estão a atingir uma nível extraordinariamente perigoso (bata pensar nas ameaças de Erdogan).
Está a chegar o momento em que alguém tem de parar o conflito na Faixa de Gaza. Os palestinianos têm de deixar de ser os martirizados de todos os séculos e deverão ser eles próprios, e as suas autoridades, a controlar e impedir o terror praticado por grupos que vivem e crescem nos seus territórios. Israel não pode eternizar esta guerra, lutar em várias frentes e perder a tranquilidade que levou muitas décadas a atingir.
Só os EUA serão capazes de pôr fim ao conflito no Médio Oriente, e este é o momento de Biden, que agora só trabalha para a História. O Líbano e Israel não podem voltar aos anos 80 do século passado.
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