1. Putin já tem a resposta que há muito esperava: se, com intenção, atacasse um país da NATO, a resposta seria frouxa? Tímida? Inexistente? Longe disso. Em poucas horas, a Aliança Atlântica esteve preparada para responder vigorosamente (leia-se com meios militares) aos mísseis que atingiram a Polónia. A súbita crise foi de tal maneira intensa, e complicada, que Moscovo se apressou a jurar que não tinha disparado nenhum míssil para território polaco. O mais perto que esteve foi a 35 quilómetros da fronteira. A minúcia explica a inquietação. Foi um dano colateral, indicaram as primeiras análises, e em causa terá estado um míssil antimíssil, disparado pelas forças de defesa ucranianas, que causou o desvio e o impacto ao intercetar o ataque russo. Naquela zona, a Ucrânia usa os «velhinhos» S-300, do tempo da URSS, que variam entre o errático e o logo se vê. Putin não testou, por isso, a força, a vontade, e a unidade da NATO. É uma boa notícia. Ele não se aguenta com um, quanto mais com 30, ou 32!
2. A outra aleluia vem de Trump. Vai candidatar-se em 2024, como se ninguém adivinhasse. Isso é muito bom, em particular para os republicanos: se querem livrar-se dele, de uma vez, então têm a grande oportunidade nas primárias. A entrada de Trump na corrida também é benéfica para a generalidade dos americanos, que estão fartos das velhas e gastas tutelas políticas, que tendem a eternizar-se. E isso aplica-se aos dois partidos, que precisam de uma renovação ideológica, etária e estrutural. O MAGA, «Make America Great Again», não teve sucesso nas intercalares, e nem com esse sinal Donald Trump recuou. A família está noutra, diz-se, e dois anos é tempo demasiado para o ex-presidente conseguir atrasar o ritmo dos processos e confusões em que está envolvido. Tudo boas notícias, por isso.
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