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O Chevrolet Cruze é o novo modelo da marca americana para o segmento compacto e chegou ao mercado nacional no início do Verão.
Conduzimos a versão equipada com o motor turbodiesel 2.0 com 150 CV de potência e o nível de equipamento de topo, LT.
Desenhado nos centros de design sedeados na Alemanha, Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália, os novos “chevy” são agora mais atraentes e cosmopolitas. Como muitos dos leitores do VISÃO Motores sabem, a Chevrolet deve o seu relativo sucesso comercial ao SUV Captiva. Entretanto, a marca renovou o Aveo e o Nubira e progressivamente tem sabido “dar a volta ao texto” adaptando-se ao gosto dos europeus.
O elemento de maior destaque no design exterior do Cruze é a linha do tejadilho arqueada, que se estende desde pára-brisas até aos pilares traseiros. A par da secção traseira relativamente curta.
O Chevrolet Cruze utiliza a plataforma da nova geração do Opel Astra que em breve chega ao nosso pais. A estrutura da carroçaria está entre as mais rígidas da classe e isso é notório no bom comportamento dinâmico. A estrutura rígida ajuda igualmente a melhorar o isolamento do habitáculo contra ruídos provenientes do motor, da estrada ou do vento. De qualquer forma, ainda achei o bloco 2.0 diesel algo barulhento. Os sistemas de suspensão, travagem e direcção do Cruze vão igualmente ao encontro das preferências dos consumidores do Velho Continente.
Habitáculo envolvente
Com um ambiente dinâmico e uma atmosfera envolvente, o habitáculo de cinco lugares do Cruze caracteriza-se pela aplicação de materiais suaves ao tacto e que ao mesmo tempo transmitem uma sensação de robustez.
No interior do habitáculo a consola central está bem integrada e o visor e os comandos dos sistemas de informação, entretenimento e climatização são menos confusos que os do Opel Insígnia (com demasiados botões). A bagageira tem uma capacidade de 450 litros.
O novo Chevrolet Cruze possui airbags frontais para o condutor e o passageiro, além de incluir airbags de cortina, airbags laterais nos bancos e pedais retrácteis. Já no equipamento de segurança activa encontramos sistemas ABS, de controlo da tracção (TCS) e de Controlo Electrónico de Estabilidade (ESC).
A nova gama de motorizações a gasolina e a gasóleo é constituída pelos motores a gasolina 1.6 litros, 1.8 e 2.0 turbodiesel de 16 válvulas.
O motor a gasolina mais acessível tem uma potência máxima de 113 CV obtida às 6400 rpm e um binário máximo de 153 Nm às 4200 rpm. Com caixa de velocidades manual, este motor permite ao Cruze acelerar dos 0 aos 100 km/h em 12,5 segundos. O consumo de combustível em ciclo combinado situa-se em 6,8 litros aos 100 km. Este motor está também disponível com uma caixa automática de seis velocidades, que constitui uma estreia para a Chevrolet neste segmento. O motor 1.8 a gasolina de 141 CV só é vendido em Portugal com caixa automática.
Já no caso do bloco 2.0 turbodiesel, com 16 válvulas e uma potência de 150 CV revelou-se agradável de conduzir, no entanto, o Cruze com este propulsor apenas ganha alma a partir das 1.500 rpm, além da dificuldade em disponibilizar potência nas rotações mais baixas quando o ar condicionado está ligado. O consumo médio situou-se nos 6,5 litros aos 100 km. Este motor possui injecção directa common-rail e um turbocompressor de geometria variável. O binário máximo de 320 Nm está disponível logo a partir das 2000 rpm. A caixa associada é manual de cinco velocidades, opcionalmente pode ser equipado caixa de velocidades automática de seis velocidades.
O Chevrolet Cruze é um dos automóveis do seu segmento que oferece uma melhor relação preço equipamento. Não é fácil encontrar um carro munido de um motor 2.0 litros diesel de 150 CV de potência com um preço a partir de 24.600 euros. A versão LT que testei incluía o “pack navi” (1.150 euros). O Cruze mais acessível com o motor 1.6 a gasolina de 113 CV está à venda por 17.890 euros.