São um sintoma que preocupa bastante os pais mas que, na maior parte das situações, não tem grande gravidade. No entanto, numa minoria de casos pode traduzir uma doença mais grave, pelo que importa conhecer os sinais de alarme principais, que devem motivar uma observação médica urgente. São os seguintes:
- Dor que desperta a criança do sono
Qualquer dor que interfere com o sono e desperta a criança tem uma probabilidade maior de ter alguma doença por trás. E isso é válido também para as dores de cabeça, pelo que este é um aspecto fundamental a avaliar. No entanto, é muito importante distinguir se a criança acorda por causa da dor ou se a dor surge depois de acordar, uma vez que o primeiro caso pode representar uma maior gravidade do que o segundo.
- Dor que interfere com o dia-a-dia
A interferência com as atividades diárias, nomeadamente os momentos de lazer e brincadeira é também um sinal de que a dor pode mesmo ter algum significado e que implica uma avaliação médica cuidada.
- Dor exclusivamente na parte de trás da cabeça
Geralmente as crianças queixam-se da parte da frente da cabeça ou então das partes laterais. Por esse motivo, qualquer dor que se manifesta em exclusivo na parte de trás da cabeça deve merecer uma observação, para tentar perceber a sua causa.
- Dor que apresenta agravamento progressivo
De um modo geral, quando surge a dor de cabeça, ela permanece estável ou diminui progressivamente. Uma dor que se repete em vários dias seguidos e que é cada vez mais intensa pode significar que existe alguma situação mais grave a causá-la.
- Dor que não responde à medicação
A ausência de resposta à medicação pode traduzir uma doença mais grave ou persistente, pelo que importa sempre fazer uma avaliação médica quando isso acontece.
- Dor que surge só na posição de deitado
As dores que surgem só quando a criança está deitada podem significar algum problema a nível cerebral, com um potencial de gravidade mais elevado.
- Associação a outros sintomas neurológicos
A presença de qualquer sintoma neurológico (vómitos, desmaios, desequilíbrios, assimetria na movimentação de um dos membros, …) pode indicar que o problema tem uma causa cerebral, o que geralmente implica uma possibilidade maior de se tratar de uma situação mais grave.
É importante esclarecer que a presença de qualquer um destes sinais de alarme não implica, por si só, que a situação seja obrigatoriamente mais complicada. No entanto, aumenta essa probabilidade, pelo que nesses casos deve haver sempre uma observação médica para esclarecer a situação.
Se não estiver presente nenhum deles, a opção mais sensata é dar medicação para a dor e ver a resposta da criança. Se ficar bem, pode-se aguardar uns dias para ver como evolui, sempre mantendo o cuidado de estar atento aos sinais de alarme que podem surgir.