Qual será o próximo Facebook ? Essa é a pergunta de um milhão de dólares em Sillicon Valley, e uma preocupação da equipa de Mark Zuckerberg quase desde o seu início. Já se sabe que nada é eterno, muito menos aplicações informáticas e redes sociais. Ao Facebook já aderiram os pais, os netos e os avós. Chegou agora o tempo de alguns se irem embora, sobretudo os netos, que se sentem controlados e desconfortáveis: se é para estar com os pais e os avós já bastam as tardes de domingo.
Esta curva descendente coloca uma carga negativa em temos de expectativa em relação ao Facebook, apesar do lucro manter-se incomensurável: o Facebook está a entrar na fase decrescente.
Perante isto, a empresa optou por duas estratégias distintas, manifestando o desejo de ter um pé no presente e outro no futuro. Tenta reinventar-se, talvez a um ritmo relativamente lento, atendendo à voracidade do mundo digital. Sem grandes roturas. Encontra-se num terrível dilema: por um lado, é necessário mexer qualquer coisa para cativar o público jovem; por outro, mexendo demasiado, espanta-se o público sénior, que é cada vez mais vasto. Assim, o Facebook fez pequenas modificações, como a proliferação de gifs animados, pos vídeos de iniciação automática, as barras de disposições (para acrescentar ao gosto). Nada será o suficiente, Zuckerberg sabe disso, apesar de sempre valer a pena adiar o inevitável. Foi por isso que comprou, e, 2014, o WhatsApp, revelou-se uma plataforma de imenso sucesso. Assim como o Instagram comprado mais recentemente. Da mesma forma a empresa é proprietária de meia dúzia de companhias (criadas de raiz ou start ups adquiridas), para assegurar que terá uma palavra a dizer no futuro…
Do império Zuckerberg faz parte o Friend Feed, que agrega conteúdos de amigos de diferentes plataformas. O Next Stop para descobrir locais de interesse em todo o mundo. O Drop.io para partilha rápida de ficheiros. O Friend.ly, uma rede social de Q & A. Karma, uma rede social especializada em compras. O Face, software de reconhecimento facial através de uma fotografia. Jibbigo, um tradutor automático. Por vezes, a empresa de Zuckerberg compra plataformas com o único fim de adquirir os cérebros que as criaram, para que a ‘inteligência’ fique toda do seu lado.
Apesar dos esforços, há sempre aplicações que lhe escapam, e a que certamente gostraia de deitar mão. Tais como o Snapchat, uma espécie instangram volátil e quotidiano. Ou o Tinder, a conhecida rede de encontros. Talvez um dia o Facebook compre também estas aplicações. É que Mark Zuckerberg quer ser o próximo Mark Zuckerberg, custe o que custar.