O meu envolvimento com os Clã, sobretudo com o Hélder como compositor, e com a Manuela, fazendo as canções ganhar vida com a sua voz tão preciosa, é já uma história de muitos capítulos. Neste especial Véspera, escrevi duas letras para as inspiradas músicas do Hélder. “Oh não! Outra vez” é um libelo contra esses estigmas permanentes, a guerra e a fome, dos quais a humanidade parece não se querer livrar. Acresce que a letra foi escrita antes desta outra nova praga que nos assola, mas parece também referir-se a ela em várias frases.
Antes dessa canção, escrevi outra letra, “Tudo no amor”, para uma melodia a dois tempos, que me pareceu muito estimulante, e em que falo da antinomia sombra / luz, que sempre me fascinou, desse olhar interior que está para lá do olhar (ou da cegueira) real, e da luz intensa que do amor tantas vezes emana, mesmo com todos os fantasmas que dele fazem parte. Mais uma vez, foi bom pertencer aos Clã, assim como eles pertencem a mim.
Clã, Tudo no Amor
Conheça aqui o novo single dos Clã, Tudo no Amor, nas palavras do seu letrista, Sérgio Godinho
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