Começa a tomar forma o Ombria resort, o empreendimento de luxo que está a nascer em Querença, no barrocal algarvio, a 6 km de Loulé, promovido pelo grupo finlandês Pontos. A menos de um ano da conclusão da primeira fase, o resort tem já concluído um dos seus maiores trunfos, o campo de golfe e em avançado estado de construção o hotel, bem como um conjunto de edifícios, incluindo outro ex-libris, com particular simbolismo – o campanário da praça central.
Não é à toa que surge aqui o campanário, explica Julio Delgado, CEO do Ombria Resort, ao longo da visita guiada que é feita à Visão Imobiliário. “Gosto de dizer que o Ombria não é um resort, é uma aldeia. Estamos a construir um empreendimento que vai ter vida durante todo o ano”, afirma convicto, o responsável, adiantando que vai ser constituída uma equipa somente para planear as atividades que poderão ser desfrutadas no empreendimento durante todo o ano.
Nesta aldeia de luxo, com projeto dos arquitetos da Promontório, não vão faltar restaurantes (cinco, no total), as lojas, o hotel, o já mencionado campo de golfe com 18 buracos e respetivo clubhouse, o centro de congressos (com capacidade para 300 pessoas), o SPA ou o kids club, ou seja, equipamentos tradicionalmente presentes aos resorts. Mas também estruturas e parcerias feitas para combater a sazonalidade deste empreendimento integrado numa extensa área verdejante de 153 hectares de natureza em estado puro, por entre serras e colinas suaves.
“Vamos ter residências artísticas (e para isso construímos um estúdio de música), um espaço destinado a acolher artesãos e artesãs que promovam o artesanato local, uma horta biológica, parcerias com os produtores de mel e uma série de outras atividades como a promoção de caminhadas e passeios de birdwatching, que mantenham o movimento durante todo o ano”, detalha o gestor espanhol.
A estratégia de esbater a sazonalidade levou ainda à criação de um centro desportivo onde estão a ser construídos três campos de futebol e equipamentos para a prática de ténis, críquete, rugby e escalada.
“As equipas desportivas procuram locais como este fora do mainstream e onde estejam asseguradas boas instalações hoteleiras e, claro, bom tempo, para vir treinar antes dos campeonatos”, acentua Julio Delgado, que no seu currículo conta ainda com a experiência de ter sido diretor-geral do ‘La Manga Club”, um dos maiores resorts da Europa e cujo centro desportivo inclui, entre outros, três campos de golfe, 11 campos de futebol e 28 campos de ténis.
Esta primeira fase do Ombria, que deverá estar concluída em setembro de 2022, inclui o hotel com 76 quartos e mais 65 apartamentos T1 e T2, que estão a ser vendidos (a bom ritmo) a proprietários individuais interessados também em rentabilizá-los, uma vez que integram a capacidade de hospedagem turística do resort. O preço dos apartamentos ronda os 5 mil euros o metro quadrado.
“São apartamentos que estão a ser vendidos com uma taxa de 5% de rendimento garantido ao longo de cinco anos e com a possibilidade de utilização de até 70 dias”, explica João Richard Costa, diretor comercial e de marketing do Ombria Resort, acrescentando que entre os maiores clientes constam os holandeses, ingleses e franceses.
Mas a pandemia e o teletrabalho trouxeram novas necessidades e uma vontade literal de vida nova, por isso há cada vez mais procura de casas fora dos grandes centros urbanos, preparadas para poderem ser desfrutadas por longas temporadas, seja em lazer mas também em trabalho, num registo para o qual até já existe uma expressão linguística – o workation (work + vacation).
É para este perfil de clientes, cujo número é cada vez mais numeroso, que o grupo Pontos previu também mais 83 unidades, entre apartamentos e townhouses.
A comercialização vai começar em breve, já no início do próximo ano, mas apesar de ainda nem ter sido lançada a campanha de vendas “mais de um terço destas 83 unidades previstas estão em pré-reserva”, diz o diretor comercial.
“Muitos dos que nos têm contactado são Residentes Não Habituais que querem passar, no mínimo, seis meses em Portugal”, acrescenta o responsável, referindo que a clientela nacional “deverá ficar mais ativa nas compras quando o hotel abrir, no próximo ano”.
Mas para já, e mesmo sem estar concluído, o empreendimento já soma prémios pela forma sustentável como está a ser construído – o resort conquistou o European Property Awards como “Melhor Projecto Residencial Sustentável em Portugal” com o projecto “Viceroy Residences at Ombria Resort” na edição 2019-2020. O hotel de cinco estrelas será a primeira unidade da marca Viceroy Hotels & Resorts em Portugal e na Europa.
Recorde-se que a construção do Ombria Resort terá três fases, a última das quais deverá estar concluída em 2029. Nessa altura, o Ombria terá um total de 380 unidades residenciais, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas.