Chamam-lhe «o USB Tipo C que faz tudo» e é difícil discordar. O Thunderbolt 3 é oito vezes mais rápido que o USB 3.0 e fornece quatro vezes mais largura de banda para vídeo que o HDMI 1.4, além de também ser capaz de fornecer energia para carregar dispositivos. O nome pode até não lhe dizer nada, mas é muito provável que já tenha visto o logótipo num cabo ou numa porta de um portátil, por exemplo – é um relâmpago (o tal Thunderbolt em inglês).
Desenvolvida pela Intel, a versão original do Thunderbolt foi anunciada em 2009, então ainda sob o nome Light Peak. As versões 1 e 2 desta tecnologia partilhavam o mesmo tipo de cabo e porta (Mini DisplayPort), sendo que as velocidades de transferência podiam chegar aos 10 Gbps e 20 Gbps, respetivamente.
O Thunderbolt 3 adotou o standard USB Tipo C (o que faz com que também seja capaz de funcionar unicamente como cabo deste género) e consegue atingir os 40 Gbps (bidirecional). Refira-se que o 3 é retrocompatível com os antecessores, mas é necessário recorrer a adaptadores, uma vez que a porta é diferente. Na prática, isto significa que, se tiver um telemóvel com porta USB Tipo C, pode ligá-lo a uma porta Thunderbolt 3 que ele funcionará normalmente; contudo, o oposto não se verifica, ou seja, um dispositivo Thunderbolt 3 não funcionará ligado a uma porta USB Tipo C standard.
A Apple foi a primeira marca de PCs a apostar seriamente no Thunderbolt, incorporando esta tecnologia nos seus computadores em 2011. Atualmente, a prática tornou-se habitual entre os grandes fabricantes e quase todos os PCs mais recentes contam com portas deste tipo. O Thunderbolt 3 é até usado para carregar alguns portáteis, já que consegue chegar aos 100 W de potência. Apesar do relativo sucesso das versões anteriores, espera-se que a adoção desta tecnologia sofra agora um impulso gigantesco devido ao facto de suportar USB Tipo C.
Nota: Este conteúdo foi originalmente publicado na Exame Informática nº 263