Elon Musk, CEO da Tesla, veio ontem a terreiro amenizar os receios que se instalaram em torno do sistema Autopilot que conduz automaticamente os carros elétricos da marca norte-americana. Em maio, um entusiasta da marca morreu durante um acidente com um veículo Model S que seguia em modo de Autopilot. Com a nova atualização de software, que deverá ficar disponível dentro de uma ou duas semanas, o acidente que fez a primeira vítima de um carro autónomo não teria acontecido, garante o patrão da Tesla.
De acordo com o The New York Times, a atualização que já aí vem a caminho vai reduzir os períodos de viagem em que é possível usar apenas e só o piloto automático. Mas do ponto de vista técnico, há uma novidade mais sonante: o radar vai tornar-se a principal referência no que toca à deteção de obstáculos, veículos, animais ou pessoas nas estradas. As câmaras passam a funcionar apenas como ferramentas complementares dos dados captados pelos radares.
A prevalência do radar do veículo deverá ser acompanhada de um crescendo de precisão no que toca ao reconhecimento de objetos. Musk deu como exemplo a deteção de objetos na faixa de rodagem. Com a nova atualização, o sistema que gere o Autopilot deverá estar apto a distinguir um objeto metálico abandonado na estrada de um sinal de trânsito que também pode ser feito de metal, mas encontra-se no local para promover o respeito das regras de trânsito.
O anúncio de upgrade do autopilot foi anunciado depois de Elon Musk ter prestado declarações às autoridades dos EUA que estão a investigar o acidente que vitimou Joshua Brown, durante uma viagem com o sistema de condução automática a cerca de 120 Km/h. Joshua Brown viajava num Model S.