A Seecrypt é apoiada por fundos residentes no Dubai e está a correr a partir do paraíso fiscal nas Ilhas Caimão. As autoridades citadas pela imprensa britânica receiam que, se a aplicação passar a ser usada massivamente, deixem de ter acesso às comunicações trocadas entre criminosos. O problema dos emails encriptados que não se conseguem decifrar pode alastrar-se também às comunicações móveis. «Estamos numa corrida constante contra os criminosos e este será mais um problema que teremos de enfrentar», disse um agente de contra-terrorismo, citado pelo Daily Telegraph.
Cada cifra usada para codificar chamadas ou SMS é composta por duas camadas com 2048 dígitos, ao nível do que é usado em comunicações militares. A empresa Seecrypt está relacionada também com a aplicação Cellcrypt, que está certificada para uso militar.
O facto de estar a operar a partir das Ilhas Caimão faz com que as autoridades do Ocidente não consigam influenciar ou impedir o uso deste tipo de comunicações na Europa ou nos EUA.
O objetivo anunciado da aplicação é o combate à espionagem industrial que causa prejuízos de milhões de dólares, nomeadamente a favor da China.