Depois de um ano de mediação, e ainda sujeito a aprovação da juíza distrital Trina Thompson, a Google parece ter chegado a acordo com os queixosos de um caso em que responde pela falha de segurança que expôs dados pessoais dos utilizadores da Google+, a rede social já extinta. Segundo o caso, em março de 2018, a Google terá tido conhecimento de uma falha de software que expunha os dados, mas que ocultou o problema durante meses, ao mesmo tempo que realçava o compromisso com a segurança de dados. A Google terá agora aceitado pagar 350 milhões de dólares para resolver o caso.
Os acionistas queixosos acusam a Google de ter receado ser sujeita a escrutínio público e do regulador, como aconteceu com a Facebook no caso Cambridge Analytica, e que, por isso, ocultou o problema. As ações da Alphabet, a dona da Google, perderam valor várias vezes depois de as notícias sobre a falha terem surgido, o que significou uma desvalorização de milhares de milhões de dólares.
A Google rejeita qualquer ação errada no processo e o porta-voz Jose Castaneda afirma que “Nós identificamos e corrigimos falhas de software regularmente, revelamos informações sobre elas e levamos estes assuntos a sério. Este tema diz respeito a um produto que já não existe e estamos satisfeitos por tê-lo resolvido”, cita a Reuters.
A queixa foi apresentada por um fundo de pensões dos EUA que detém ações da Alphabet e cobre acionistas de 23 de abril de 2018 a 30 de abril de 2019.
O acordo surge poucas semanas depois de a Google ter também chegado a outro acordo num caso onde era acusada de rastrear secretamente o uso de Internet de milhões de pessoas que pensavam estar a navegar em privado. Os valores deste outro acordo não foram tornados públicos.