Durante esta quarta-feira, Elon Musk teve a sua conta de Twitter bloqueada por sua própria iniciativa, para testar uma alegada avaria da plataforma. Musk escreveu que “tornei a minha conta privada até amanhã de manhã para testar se veem os meus tuítes privados mais do que veem os públicos”. As respostas não se fizeram esperar, com muitos utilizadores a gozarem com este tipo de teste. Uma conta fez troça da “ideia de um estudante de experiência para perceber como funciona o algoritmo da empresa porque despediu todos os que poderiam possivelmente explicar-lho”.
Musk quis fazer este teste publicamente para responder a utilizadores da ala conservadora como LibsoftTikTok e Ben Shapiro, que alegam ter feito os seus próprios testes que demonstram que as contas privadas geram mais visualizações do que as públicas.
O New York Times publicou no início da semana uma análise sobre mais de 20 mil mensagens de Musk escritas no Twitter nos últimos cinco anos para perceber como o executivo usa a plataforma. Os investigadores concluíram que Musk segue maioritariamente contas de homens e organizações ligadas aos seus negócios, publica a todas as horas do dia e na maior parte dos dias da semana. De forma crescente, Musk investe mais tempo a responder aos utilizadores que o mencionam diretamente em publicações elogiosas. O novo dono do Twitter tem 128 milhões de seguidores e até as suas publicações apagadas geram milhões de visualizações. Com este teste, Musk pretende perceber se a plataforma é de alguma forma limitadora das visualizações e do alcance que as contas podem ter.
Além deste teste para responder aos utilizadores conservadores, Musk afirmou recentemente que a Twitter vai cumprir com o Digital Services Act da União Europeia a partir dos próximos meses. O executivo afirmou que os objetivos de transparência, responsabilização e precisão da informação estão alinhados com os do Twitter e realçou que as Community Notes vão ajudar no cumprimento desta legislação, ao impedir que a desinformação se propague.
O Comissário Thierry Breton já prometeu que o organismo vai realizar um ‘teste de stress’ ao Twitter nas próximas semanas e identificar as potenciais áreas de melhoria para a plataforma bloquear conteúdo ilegal, seguindo o DSA.