Os rumores já andavam a circular há algumas semanas e foram agora confirmados numa publicação oficial assinada pelo CEO Satya Nadella: a Microsoft vai avançar com o despedimento de 10 mil trabalhadores nos próximos dois meses e meio. A medida é justificada com a necessidade de “alinhar a estrutura de custos” com a atual procura e oferta. Na prática, é uma resposta da empresa às condições macroeconómicas mundiais, onde se verifica que os consumidores estão também a limitar os seus gastos digitais.
Os custos desta reestruturação estão estimados nos 1,2 mil milhões de dólares, incluído indemnizações, custos de consolidação de alugueres e outras despesas. Nos EUA, os trabalhadores afetados podem continuar a receber seguro de saúde durante seis meses e ainda receberão indemnizações “acima do mercado”, explicou Nadella.
Esta é a segunda maior vaga de despedimentos da história da Microsoft que, em 2014, despediu mais de 18 mil pessoas. Durante a pandemia, a empresa esteve em elevado ritmo de contratações e, só no ano fiscal de 2022, entraram mais de 40 mil trabalhadores. Atualmente, o número de funcionários ainda é superior ao que se registava antes da pandemia, mas a tendência de despedimentos mostra que a realidade pode estar a mudar,
Nas tecnológicas, recorde-se, a medida não é inédita, com a Meta a despedir 11 mil trabalhadores no outono passado e a Amazon a deixar sair mais de 18 mil trabalhadores.