“Muitos negócios e developers do Reino Unido afirmam que se sentem condicionados pelas restrições impostas pela Apple e pela Google. Planeamos investigar se estes receios têm fundamento e, em caso afirmativo, identificar os passos para melhorar a competitividade e inovação nestes setores”, confirmou Sarah Cardell, diretora interina da CMA do Reino Unido.
O regulador refere ter identificado um “ponto de sufoco” aplicado pela Apple e pela Google nos sistemas operativos móveis, nas lojas de aplicações e nos navegadores: naquele país, 97% da navegação web decorreu em motores de browser da Apple ou da Google, pelo que “quaisquer restrições nesses motores tem um grande impacto nas experiências dos utilizadores”, cita o Engadget.
Antes de avançar para a investigação formal, a CMA abriu um período de consulta, onde ouviu as respostas de vendedores de browsers, programadores e serviços de cloud gaming. Os developers estão entre os quem mais protestaram, revelando bugs e falhas nas páginas, deixando-os sem alternativa que não “desenvolver apps móveis, enquanto um site seria suficiente”.
As autoridades do Reino Unido não têm tendência para facilitar nas tecnológicas: lembrando exemplos recentes como a obrigação de a Meta vender a Giphy e estar a investigar a aquisição da Blizzard pela Microsoft e a Google sobre a competitividade nos anúncios publicitários.