Elon Musk enviou um email aos funcionários do Twitter a informar que o teletrabalho está proibido na empresa e que quaisquer exceções têm de ser aprovadas por ele próprio. De resto, todos os trabalhadores “devem estar nos escritórios pelo menos 40 horas por semana”, lê-se na mensagem citada pela Bloomberg. “Obviamente, se for fisicamente impossível irem para um escritório ou tenham uma obrigação pessoal crítica, a vossa ausência é compreensível”, escreveu também o novo dono da empresa.
Os planos do executivo passam por dar 60 dias a todos os trabalhadores contratados durante a pandemia para se relocalizarem para uma área próxima de um escritório da empresa. Outra alteração foi a eliminação da folga mensal extra a que os funcionários tinham direito.
Em junho, um outro executivo do Twitter afirmou que a empresa tinha 1500 colaboradores remotos a tempo inteiro, pelo que resta perceber quantos destes foram afetados pela vaga de despedimentos e quantos irão cumprir as novas diretrizes.
“Honestamente, o cenário económico diante de nós é mau, especialmente para uma empresa como a nossa que é tão dependente de publicidade (…) Mais, 70% da nossa publicidade é de marca, e não de desempenho específico, o que nos torna duplamente vulneráveis”, escreve Musk, citado pelo The Verge.
Antes da chegada de Elon Musk, o Twitter tinha assumido uma posição pró-teletrabalho, com o anterior CEO Parag Agrawal (entretanto despedido pelo novo dono) a afirmar que “a decisão sobre onde trabalham, sobre se se sentem seguros a viajar em negócios ou sobre a que eventos assistem deve ser vossa. À medida que reabrimos os escritórios, a nossa abordagem permanece a mesma. Onde quer que se sintam mais produtivos e criativos é onde irão trabalhar e isso inclui trabalhar a partir de casa para sempre”.
Agora, Musk traz uma nova orientação, onde o teletrabalho é proibido, medidas semelhantes às que implementou na Tesla e na SpaceX.