Os EUA e o Japão estiveram sentados à mesa na semana passada e discutiram temas como energia, segurança alimentar e investigação de semicondutores. Neste último tema e como forma de reduzir a dependência face à China, os dois países vão criar um novo centro de investigação conjunta para trabalhar sobre as duas próximas gerações de chips.
O Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken descreve que “como primeira e terceira maiores economias do mundo, é crítico que trabalhemos juntos para defender a ordem económica baseada em regras, em que todos os países possam participar, competir e prosperar”, cita a Reuters. “As práticas económicas coercivas e retaliatórias da República Popular da China forçam os países a tomar escolhas que podem prejudicar a sua segurança, a propriedade intelectual ou a independência económica”, acrescenta. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês referiu a invasão da Ucrânia como sendo um desafio importante para a ordem internacional e, sem referir a China, condenou as tentativas de se “usar a influência económica de forma injusta e opaca para concretizar interesses estratégicos e mudar a ordem internacional existente”.
O novo centro vai nascer da parceria entre Tóquio e Washington, mas será aberto a equipas de outros países que pensem da mesma forma que Japão e EUA. Ainda não foram revelados mais detalhes oficialmente, mas os media japoneses indicam que será montado no Japão até ao fim do ano e vai investigar os chips de dois nanómetros, com a produção a começar em 2025.
Atualmente, a maior parte dos semicondutores inferiores a 10 nanómetros são produzidos em Taiwan e há receios sobre a estabilidade naquela região, devido às tensões entre o território e a China.