Em 2016, a plataforma Bitfinex foi alvo de um roubo, com os piratas a desviarem 119.756 unidades de Bitcoin, que valiam 71,8 milhões de dólares na altura. O roubo continua a ser um dos maiores de sempre no universo das criptomoedas e resultou, na época, numa desvalorização de 20% da Bitcoin, de 600 para 400 dólares. Desde então, os bitcoins roubados têm sido monitorizadas de muito perto e esta semana surgiram novos sinais de ‘vida’ das criptomoedas roubadas.
Esta terça-feira, foram registadas algumas transferências de dez mil bitcoins cada, num total de 94.643 moedas, que valem mais de 3,6 mil milhões de dólares à taxa de câmbio atual. Não foi a primeira vez que estes fundos foram movimentados: em maio de 2021 tinham sido transferidas 12.241 moedas no valor de 774 milhões de dólares, precisamente no dia em que a Coinbase entrou no índice bolsista Nasdaq; já em agosto de 2020, os piratas movimentaram 473,3 BTC, valorizados em 5,7 milhões de dólares; em novembro de 2020, transferiram mais cinco mil moedas, num total de 100 milhões de dólares; antes disso, a maior transação dos bitcoins roubados à Bitfinex tinha sido de 1241,7 unidades, em 2017
A Bitfinex está atenta às movimentações, em conjunto com as autoridades, e chegou a oferecer uma recompensa de 400 milhões de dólares pelo retorno das moedas roubadas. Em dezembro do ano passado a empresa anunciou ter recuperado 6,5 Bitcoin do espólio roubado em 2016. “A Bitfinex continua a trabalhar globalmente com forças de segurança, mercados de negociação e fornecedores de carteiras [digitais] para recuperar os bitcoins roubados no ataque de 2016”, sublinhou a empresa à publicação Decrypt.