A Índia anunciou que vai estender o suporte fiscal a até 50% para projetos elegíveis de fabricantes de semicondutores e de ecrãs. A iniciativa faz parte de um pacote de incentivos que chega aos dez mil milhões de dólares e tem como objetivo colocar o subcontinente em lugar de destaque na produção destes componentes, tirando partido da conjuntura político-económica atual, com tensões entre a China e os EUA e uma escassez global de chips e outras peças.
Entre os fabricantes, no passado recente, Tower Semiconductor de Israel, Foxconn de Taiwan e um consórcio de Singapura já manifestaram interesse em abrir fábricas de chips naquele território, enquanto o Vedanta Group revelou disposição para inaugurar uma fábrica de ecrãs. Nenhuma das empresas comentou esta iniciativa nova do governo indiano.
A Reuters cita um comunicado oficial onde se explica que “este programa vai abrir uma nova era na produção de eletrónica ao fornecer um pacote de incentivos globalmente competitivo a empresas no fabrico e design de semicondutores e ecrãs”.
Há ainda um plano de incentivos para apoiar cem empresas locais que estão a trabalhar em circuitos integrados e design de chipsets. O governo espera que este pacote permita criar 35 mil novos postos de trabalho qualificado, mais de cem mil postos de trabalho indiretos e atrair investimento de 8,8 mil milhões de dólares.
Os apoios já disponibilizados passam os 30 mil milhões de dólares e conduziram a Índia ao segundo lugar de maior fabricante de smartphones, atrás da China, atraindo também compromissos da Foxconn, Wistron e Pegatron, três dos maiores fabricantes da Apple.