Uma das formas de lucrar com a miséria humana esta semana passou pelo investimento na criptomoeda Omicron. A divisa, que deriva de um projeto DeFi conhecido por OlympusDAO, tem o mesmo nome que o escolhido pela Organização Mundial de Saúde para a nova variante do Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, e o mercado assistiu a um aumento de procura por este ativo digital.
O interesse fez disparar a cotação para mais 137% em apenas 24 horas e para mais de 735% face ao mínimo registado a 17 de novembro. A troca de moedas acontece apenas no Arbitrum One, através do SushiSwap, e foram registadas transações de cerca de 389 mil dólares, noticia a publicação Decrypt.
A moeda Omicron é um token de protocolo da reserva de divisa descentralizada na Arbitrum Network e é apoiada por um conjunto de bens, incluindo USDC e tokens de liquidez ligados ao MIM. A criptomoeda já existia antes de ter sido dado o nome à nova variante do coronavírus.
Até aqui, mais de 671 mil dólares foram depositados nestes protocolos, o que levará a lucros anuais projetados de 70,37% para os compradores. Para manter o sistema vivo, terão obrigatoriamente de aparecer novos investidores, caso contrário podemos assistir ao colapso desta criptomoeda.
A Omicron começou a ser negociada no início de novembro e, na sua documentação inicial, não faz qualquer menção à nova variante da Covid, embora no tópico de discussão do Discord isso já tenha sido referenciado. Ainda assim, esta não é a primeira cibermoeda com este nome, havendo registos de uma outra Omicron que surgiu no mercado em agosto de 2016, chegou a valer cerca de 6,5 milhões de dólares, e originou alguns dividendos.