“Conectar Portugal”. Este é o ‘mantra’ da Xiaomi, que tem objetivos muito ambiciosos para o mercado nacional. No encontro com os jornalistas, que serviu um pouco como relançamento da marca no nosso país, Tiago Flores, novo diretor da Xiaomi para Portugal, anunciou que esta marca já atingiu o segundo lugar de vendas em smartphones no mercado nacional no primeiro trimestre, ultrapassando a Apple, e só sendo suplantada pela Samsung.
Mas, como referiu o responsável, a Xiaomi está longe de ser apenas um fabricante de smartphones. A grande aposta da marca passa pelos dispositivos inteligentes e conectados, com ênfase no 5G, onde a empresa chinesa planeia investir qualquer coisa como 7 mil milhões de dólares, o equivalente a quase 6 mil milhões de euros, durante os próximos cinco anos. Mas se pensa que este é um número esmagador, prepare-se para outro número ainda maior: 10 mil milhões de dólares (mais de 8 mil milhões de euros) é o que a Xiaomi planeia investir nos próximos anos para entrar no mercado dos automóveis elétricos. Isto porque a marca considera que estes veículos serão cada vez mais importantes para o ecossistema tecnológico dos utilizadores. E, apesar de ainda não ter chegado aos carros, a Xiaomi já comercializa veículos elétricos em Portugal: bicicletas e trotinetes elétricas. E há aqui uma novidade: a Mi Scooter Pro 2, uma trotinete de alto desempenho com mais potência que o habitual apesar de, por razões legais, estar limitada à velocidade máxima de 25 km/h.
Mais de 2000 produtos
Quem já entrou numa das 11 lojas que a Xiaomi já tem em Portugal sabe que esta marca tem uma grande variedade de produtos. Mas ainda há muitos mais que vão chegar nos próximos tempos. Incluindo grandes eletrodomésticos e muitos dispositivos inteligentes na área da domótica. Aliás, a conectividade entre dispositivos inteligentes é uma das maiores apostas do fabricante. Por exemplo, os novos televisores Mi TV P1 Series incluem capacidade para controlo dos dispositivos inteligentes através da plataforma da marca (Mi Home) e via Assistente Google.
E é graças a esta variedade de produtos que Tiago Flores anunciou mais um objetivo ambicioso: ter 5 milhões de dispositivos conectados da marca em Portugal em três anos. O que garante a tal média de um aparelho da marca por cada casa portuguesa.
Segundo Tiago Flores, este objetivo vai ser concretizado graças a uma conjugação de vários elementos, incluído o design, ecossistema (possibilidade de controlar vários produtos através da mesma plataforma), sofisticação tecnológica e “preço justo”. Até porque desde 2018 que a Xiaomi tem como regra obter apenas 5% de lucro na venda de hardware. De modo a aumentar a exposição a mais clientes e maior cobertura nacional, a Xiaomi planeia continuar a abrir lojas físicas, denominadas Mi Store.