A Xiaomi Corp anunciou que teve um aumento de 36,7% nos lucros obtidos no último trimestre de 2020, conseguindo um valor líquido de 491 milhões de dólares, ou 3,2 mil milhões de yuans, acima dos 2,9 mil milhões esperados pelos analistas. A venda de smartphones, principal fonte de receita, ascendeu a 42,6 mil milhões de yuans, o que representa um aumento de 38,4% e as vendas totais da empresa subiram 24,8% para os 70,5 mil milhões.
Com este desempenho, a empresa consegue 15% de quota de mercado. Em sentido inverso, vai a Huawei, muito afetada pela proibição decretada por Washington. Os fabricantes chineses aumentaram as suas linhas de produção para conseguir ocupar o espaço que fosse deixado livre pela Huawei.
O presidente da empresa, Wang Xiang, refere que a escassez de chips tem levado a um aumento dos custos de produção e que parte desse aumento pode passar para os consumidores, em alguns casos. “Estamos a sentir a pressão, mas estamos bem”, disse Wang aos investidores, numa mensagem diferente da que foi passada pelo vice-presidente da empresa Lu Weibing em fevereiro, que apelidou a situação de uma “escassez extrema”, lembra a Reuters.
As vendas para fora da China tiveram um aumento de 27,6% para os 33,8 mil milhões de yuans, representando 47,9% das receitas totais da empresa.
No que toca a Recursos Humanos, registou-se a saída de Shou Zi Chew, presidente do departamento internacional da Xiaomi, para se tornar CFO da ByteDance, a dona da TikTok.
No que toca a aquisições, a Xiaomi vai comprar os restantes 50,09% da Zimi, a fabricante de carregadores portáteis e que está avaliada em 204,7 milhões de dólares.
No total do ano de 2020, a Xiaomi regista receitas de 245,9 mil milhões de yuans, com o lucro ajustado a aumentar 12,58% para os 13 mil milhões de dólares.