Lisboa surge como quarta cidade das 29 analisadas pela Microsoft no que diz respeito ao retorno nas medidas de mobilidade urbana, mas surge apenas em 22º lugar quanto ao nível de desenvolvimento das mesmas. Estas são duas das conclusões de um índice de mobilidade inteligente preparado pela Microsoft que pretende avaliar o nível de desenvolvimento e penetração das medidas de mobilidade urbana e inteligentes e o resultado da implementação destas. Considerando-se que a mobilidade é vital para o bom funcionamento das cidades e sabendo-se que são muitos os desafios que estas enfrentam é essencial que as respostas ao desenvolvimento urbano sejam rápidas e é importante conhecer estas métricas para se caminhar em direção a uma sociedade ecologicamente mais sustentável.
Onde fica Lisboa neste Índice?
Lisboa surge no sexto lugar no que diz respeito ao uso de transportes com recurso a energias renováveis e em quinto na penetração de carros elétricos no parque rodoviário da cidade. A capital portuguesa é considerada a segunda cidade com as melhores estradas e sétima ao nível da adequação face ao volume de tráfego. A definição de zonas de emissão reduzida (ZER) e a aposta nos meios de locomoção mais verdes permitem uma boa posição de Lisboa no nível de concentração de partículas finas no ar (quinto lugar).
O tempo despendido nos meios de transporte penaliza Lisboa na classificação, admitindo-se que as alternativas existem, no entanto, o volume continua a centrar-se nos serviços de trotinetes elétricas. No que toca a investimentos públicos nas infraestruturas de mobilidade urbana, Lisboa surge no último lugar da tabela, demonstrando um baixo nível de digitalização das instituições do Estado em comparação com as congéneres europeias.
O comunicado de imprensa salienta que há uma relação direta entre a performance das cidades nestes indicadores e o nível de satisfação dos residentes e, como resultado, Lisboa e Atenas surgem empatadas no fundo da tabela com pior nível de satisfação por parte dos residentes.
Com o retorno aos locais de trabalho, seja em que modelo que venha a ser definido por cada empresa, é expectável que se assista a uma redução na locomoção dos colaboradores, mas mantém-se a necessidade para soluções de mobilidade urbana inteligente.
A análise de dados teve como base mais de 20 fontes internacionais, incluindo o Eurostat, a Agência Europeia do Meio Ambiente e a OCDE, e um total de 35 indicadores de mobilidade urbana inteligente, incidindo sobre: Amesterdão, Atenas, Barcelona, Berlim, Birmingham, Bruxelas, Budapeste, Colónia, Copenhaga, Dublin, Hamburgo, Helsínquia, Lisboa, Londres, Lyon, Madrid, Manchester, Marselha, Milão, Munique, Oslo, Paris, Praga, Riga, Roma, Estocolmo, Tallinn, Viena e Varsóvia.