É uma espécie de ‘Supremo Tribunal’ do Facebook, preparado para ouvir os recursos apresentados pelos utilizadores quando sentem que os seus conteúdos foram injustamente proibidos na plataforma. O Facebook Oversigh Board (FOB) anunciou agora as suas primeiras cinco deliberações e, em quatro delas, reverte a decisão original.
No caso em que mantém a decisão, o FOB considera que a publicação foi corretamente removida, por usar termos de desdém contra a população do Azerbaijão. Os casos em que a decisão foi revertida são:
– um comentário aparentemente difamatório contra os Muçulmanos – proveniente de um utilizador da Birmânia – que afinal não o é, se for lido dentro de contexto;
– uma citação alegadamente de Joseph Goebbels que afinal não seria de suporte à ideologia Nazi se fosse lida dentro de contexto;
– um vídeo sobre ‘curas milagrosas’ da Covid-19 e que era um comentário sobre a política de saúde em França e não levaria as pessoas a automedicar-se;
– uma publicação do Instagram que mostra oito fotografias de sintomas de cancro da mama não devia ter sido removido (foi retirado devido à política de nudez das plataformas);
Este comité de Supervisão determina que as publicações sejam restauradas no prazo máximo de uma semana e o Facebook deve responder às deliberações em 30 dias, bem como tornar as suas políticas mais claras, verificando se casos semelhantes não resultaram também em remoção de conteúdo, noticia a BBC.
O FOB foi criado em 2019 e começou a aceitar casos em outubro do ano passado. Há 20 membros, incluindo políticos e especialistas de outros setores. O co-presidente Michael McConnell congratula-se com o que considera ser “o primeiro passo no sentido de construir uma instituição capaz de responsabilizar o Facebook”.
Agora, o organismo vai deliberar sobre a decisão de suspender a conta de Donald Trump.