A transição de trabalhadores dos escritórios e locais habituais para casa tornou-se uma norma em grande parte das indústrias e a dos videojogos não é exceção. Dos 2500 criadores de títulos inquiridos pela GDC, 70% confirma estar em teletrabalho, mas o feedback sobre esta nova experiência não parece ser consensualmente positivo.
“O maior desafio, em termos globais, parece ser gerir o ambiente de stress (…) a atmosfera de ansiedade geral é impossível de ignorar por completo”, diz um dos inquiridos. De uma forma genérica, os criadores de jogos relatam que tratar das crianças, lidar com as distrações e gerir crises de ansiedade são alguns dos maiores ‘defeitos’ deste novo regime.
Destes trabalhadores, 32% respondem ainda que sentem estar a ser menos produtivos quando trabalham a partir de casa. Noutro sentido, 28% consideram que a sua criatividade diminuiu um pouco, enquanto 7% sentem que diminuiu bastante, noticia o The Verge.
Outro dos inquiridos, anónimo, diz que “a situação financeira geral (dificuldades na empresa), reuniões adicionais, trabalho extra e a ansiedade para ir fazer as compras de supermercado podem ter mais culpa do que propriamente o trabalhar em casa”. “É difícil estabelecer limites quando estamos em casa. Sentimos que estamos em casa e que, por isso, é aceitável fazer mais duas, três ou quatro horas extra”, refere outra pessoa.
Do lado dos empregadores, 37% das empresas responde estar com o mesmo volume de negócio, com 24% a admitir que aumentou ligeiramente e 7% a revelar que cresceu bastante. No entanto, um em cada três developers revela que experienciou pelo menos um atraso na entrega de um jogo.
Mais de metade (64%) dos programadores explica que as empresas em que trabalham vão ter novas práticas e processos que irão manter-se quando o período de confinamento terminar.