A Gulbenkian anunciou 19 ferramentas digitais que vão receber apoios financeiros no âmbito de um concurso com vista ao desenvolvimento de soluções que ajudem a combater ou a prevenir a pandemia Covid-19. A Gulbenkian Soluções Digitais prevê atribuir um total de 200 mil euros para o desenvolvimento destas novas ferramentas.
O concurso, que teve o apoio da EDP e da firma de advogado Cuatrecasas, recebeu candidaturas de cerca de 300 entidades da área da investigação e desenvolvimento. “Serão assim apoiadas propostas que promovem os cuidados de saúde remotos – apoio clínico digital, apoio técnico remoto à operação de equipamento médico (nomeadamente ventiladores), gestão da sintomatologia e utilização dos dados para estudar a evolução da doença e telereabilitação de doentes com AVC (uma das primeiras causas de morte em Portugal) – e cuidados na área da saúde mental – apoio psiquiátrico mas também de gestão emocional de crianças e jovens confinados”, refere um comunicado da Fundação Gulbenkian.
A Gulbenkian informa ainda que o concurso vai apoiar igualmente projetos ligados à investigação científica, que passam pelo desenvolvimento de soluções relacionadas com “deteção de padrões e criação de modelos estatísticos sobre o coronavírus” ou a “avaliação do desempenho cognitivo de sobreviventes da doença”.
Na área da partilha de informação, foram selecionados projetos que têm em vista a criação de um repositório com informação científica, uma rede pública de conhecimento especializada na Covid-19, um sistema de partilha de soluções consideradas inovadoras e ainda a divulgação de informação em várias línguas, que tem como principal destinatária a comunidade asiática.
“A iniciativa Gulbenkian Soluções Digitais insere-se no quadro do Fundo de Emergência Covid-19, um fundo de cinco milhões de euros criado pela Fundação Gulbenkian e aberto a outras entidades, com o intuito de reforçar a resiliência da sociedade portuguesa em tempos de pandemia. Este Fundo tem projetos de apoio previstos nas áreas da Saúde, da Ciência, Sociedade Civil, Educação e Cultura”, explica a Fundação Calouste Gulbenkian.