A Apple propõs em tribunal o pagamento de 25 dólares para os utilizadores afetados pelo abrandamento dos iPhones em consequência do lançamento de uma nova versão do sistema operativo. O caso remonta a 2017, quando surgiu o iOS 10.2.1 e a proposta da Apple é chegar a este acordo com os utilizadores afetados apenas nos EUA. Em causa estão os modelos iPhone SE, iPhone 6, iPhone 6s, iPhone 7 e iPhone 7s com esta versão do sistema operativo ou os iPhone 7 e iPhone 7 Plus com iOS 11.2. Algumas das inovações trazidas pelas novas versões do sistema operativo procuravam, segundo a Apple, “oferecer a melhor experiência de utilização” e concluiu-se que isso passava por abrandar a performance dos telefones para evitar que se desligassem abruptamente e como parte da estratégia para a preservação da bateria nos modelos mais antigos.
A proposta da Apple ainda tem de ser aprovada pelo juiz Edward Davila e, caso passe, o mínimo a pagar chegaria aos 310 milhões de dólares. Os representantes dos consumidores lesados devem pedir cerca de 30% do montante para cobrir despesas judiciais, ou seja, cerca de 90 milhões de dólares. Ainda não é certo que a proposta seja aceite pelos tribunais, nem qual o processo pelos quais os lesados devem pedir a sua indemnização.
A situação foi descoberta pelo Geekbench que percebeu que iPhones com a versão 10.2 do iOS apresentavam um desempenho melhor e mais consistente do que aquele que era conseguido pelos iPhones com iOS 10.2.1 e mais recentes. Esta descoberta sugeria que houve lugar a novo código que abrandava os telefones mais antigos, especificamente quando a ‘saúde’ da bateria caía abaixo dos 90%.
Uma das primeiras medidas de compensação da Apple passou por reduzir de 79 para 29 dólares o custo de substituição das baterias.