Com o advento das compras online, crescem as probabilidades de se receber encomendas diretamente da China, mesmo que a aquisição seja feita através da Amazon ou de outras lojas na Internet. O receio de contágio do 2019-nCov, a nova variante do coronavírus, também tem vindo a ganhar mais força, especialmente nos fóruns online como o Reddit. O Tom’s Hardware escutou o Dr. Amesh A. Adalja do Centro John Hopkins que considera que “a temperatura do ar que envolve estas encomendas e projetos durante o envio não é considerado condutivo da viabilidade viral (…) mesmo com encomendas de entrega no dia seuginte, as condições de trânsito não são condutivas de o vírus permanecer viável”. Este especialista lembra que é necessária uma combinação especial de condições ambientais como a falta de exposição a raios UV, temperaturas específicas ou humidade adequada, entre outras, para o vírus se poder propagar. O próprio Centro de Controlo de Doenças dos EUA (CDC) considera que há poucas probabilidades de se poder contraiar o novo coronavírus através de encomendas vindas da China, baseando-se nos conhecimentos que se tem de outros tipos de coronavírus, como o SARS ou o MERA.
Os coronavírus transmitem-se por gotículas respiratórias essencialmente, não sendo provável que se contraia através da importação de mercadorias. Há variantes do coronavírus que podem encontrar-se ativas em superfícies inanimadas como metal, vidro e plástico durante até nove dias, mas geralmente a desinfeção destas áreas consegue efetuar-se em um minuto. Não há, no entanto, evidências de que a variante atual tenha a mesma capacidade de sobrevivência, nem que consiga sobreviver a um envio aéreo. A desinfeção pode ser feita com água, detergente e um desinfetante normal encontrado em ambiente hospitalar.
Na China, o serviço de correios nacional está a envidar esforços para desinfetar regularmente todos os balcões de serviço, carros e centros de processamento.