A Intel anunciou a aquisição da empresa Habana Labs, fabricante de processadores especializados em tarefas de inteligência artificial (IA), por dois mil milhões de dólares, o equivalente a 1,8 mil milhões de euros. O investimento é estratégico para a gigante norte-americana: estima-se que nos próximos cinco anos, o mercado de processadores específicos para tarefas de IA movimente 25 mil milhões de dólares, cerca de 22,4 mil milhões de euros.
Os processadores desenvolvidos pela Habana Labs, empresa de origem israelita, são descritos como «aceleradores programáveis para aprendizagem automática» e são usados em centros de dados especializados para funções de inteligência artificial.
«Esta aquisição faz avançar a nossa estratégia de inteligência artificial, que é providenciar aos consumidores soluções que encaixam em todas as necessidades de performance – desde o nó de proximidade (edge) inteligente ao centro de dados», disse Navin Shenoy, diretor-geral do grupo de plataformas de dados da Intel, em comunicado.
Já em 2019, a Intel espera terminar o ano com receitas de 3,5 mil milhões de dólares, cerca de 3,1 mil milhões de euros, apenas de projetos relacionados com o segmento da inteligência artificial.
«A Intel criou uma equipa e capacidade de inteligência artificial de classe mundial. Estamos entusiasmados por sermos parceiros da Intel na aceleração e expansão do nosso negócio. Juntos vamos entregar aos nossos clientes mais inovação em inteligência artificial, mais rápido», comentou por seu lado David Dahan, diretor executivo da Habana Labs.
A Havana Labs vai manter a sede em Israel, vai manter-se como uma unidade independente e vai também manter a equipa de gestão que tem atualmente.
Com este investimento, a Intel alarga a capacidade de resposta numa área que tem despertado a atenção de outras gigantes tecnológicas: empresas como a Google, Amazon e Facebook têm apostado na criação de chips proprietários, circuitos integrados que podem ser configurados e reprogramados para tarefas específicas (também conhecidos como FPGA), neste caso inteligência artificial, para alimentar os respetivos centros de dados.