A Huawei pretende manter a aposta estratégica no Harmony OS – e até poderá vir a expandir o sistema operativo para novas famílias de equipamentos, mas não tem qualquer data prevista para a estreia em telemóveis ou tablets, informa a Reuters.
O Harmony OS partiu à conquista do mercado das tecnologias com a denominação Hongmeng, que é aquela que é usada na China. A estreia teve por ponto de partida um televisor inteligente – mas os responsáveis da Huawei admitiram que, pelo menos nos tempos mais próximos, a expansão do sistema operativo que é apontado cada vez mais como uma alternativa ao Android, deveria incidir em smartwatches, colunas ou até óculos de realidade virtual, sem qualquer data prevista para a estreia em telemóveis e tablets.
Na sequência da abertura de uma nova loja na cidade de Shenzen, cidade chinesa que alberga a sede da marca chinesa, Wang Chenglu, líder da unidade de negócios para o segmento de consumo da Huawei reiterou que os telemóveis e tablets deveriam manter-se de fora da estratégia delineada para o Harmony OS no curto prazo – e essa informação veiculada pela imprensa chinesa viria a ser confirmada mais tarde por fontes oficiais.
O Harmony OS é uma das peças-chave da Huawei para criar alternativas à interdição comercial aplicada pelo governo dos EUA às tecnologias chinesas – e em especial ao fornecimento de equipamentos da Huawei para a quinta geração da redes móveis (5G). Recentemente, chegou a confirmação de que a gigante chinesa já alcançou a autonomia face às tecnologias americanas no hardware, com o lançamento dos primeiros telemóveis sem componentes produzidos ou criados nos EUA.