Todos os dias, um grande número de imagens no formato JPEG é criado e compartilhado pelo mundo. Um relatório da w3Techs mostra que a norma é usada em 71,4% dos sites e o Instagram divulgou recentemente que este ano já foram publicadas mais de 500 milhões de histórias diárias. Estes dois números, aliados ao facto de o JPEG já contar com 27 anos de idade, ajudam a perceber o motivo de o Joint Photographic Experts Group (JPEG) ser o galardoado com o Emmy de Engenharia atribuído pela Academia de Artes de Televisão e Ciências dos EUA.
Fernando Pereira, professor do Instituto Superior Técnico (IST) e investigador do Instituto de Telecomunicações (IT), é um dos oito membros dos Subgrupos JPEG, e salienta que se pode dizer que este galardão é também um bocadinho do IST: «O Emmy foi atribuído ao Comité JPEG de que 2 especialistas do Técnico fazem parte, um deles liderando mesmo um dos Subgrupos do comité», explica o docente. O outro especialista referido é o professor João Ascenso, também investigador do IT, clarifica o comunicado de imprensa.
Perante a tendência global de uso de imagem e vídeo, a importância do JPEG e o trabalho deste comité permanecem importantes.«O comité de normalização JPEG especifica soluções de codificação (formatos) de imagem que são hoje largamente usadas pela maioria da população em inúmeras aplicações e serviços», afirma o professor Fernando Pereira. O Instituto de Telecomunicações lidera também tecnicamente, através do professor João Ascenso, uma das atividades mais recentes do setor: a codificação de imagens baseada em técnicas de aprendizagem automática profunda (deep learning).
O Emmy da Engenharia é atribuído a um indivíduo, empresa ou organização pelos seus desenvolvimentos na área da Engenharia e que representem uma melhoria significativa nos métodos existentes ou de natureza tão inovadora que afetem materialmente a transmissão, gravação ou receção de televisão.