Em dezembro, o Cambridge City Council aprovou a Surveillance Technology Ordinance, onde requer que a aquisição de determinado material de vigilância tem de passar pela validação deste órgão. O decreto foi aprovado e enviado para o Public Safety Committe, colocando a cidade perto de ser a quarta a proibir a utilização indiscriminada de tecnologia de reconhecimento facial na via pública. O receio dos membros deste organismo é que a tecnologia esteja a produzir resultados enviesados, discriminando mulheres e pessoas de cor.
«O uso de tecnologia de reconhecimento pode ter um efeito no exercício dos direitos constitucionais de livre expressão», diz o documento. Os autarcas referem o caso da China, onde estes sistemas estão a ser usados para monitorizar a minoria muçulmana Uighur para os perseguir, tendo realizado mais de 500 mil identificações em apenas um mês, lembra o Gizmodo.
Antes de Cambridge, já San Francisco, Oakland e Somerville tinham banido estes métodos de vigilância. Na Fight for the Future, Evan Greer congratulou-se pela decisão dizendo que estamos num momento pivotal na história da Humanidade: «a tecnologia de vigilância invasiva como o reconhecimento facial está a espalhar-se rapidamente. É apelidada de conveniente e para a segurança pública, mas está a colocar-nos a caminho de um estado totalitário».
