A Comissão Europeia propôs em março a criação de uma taxa de 3% sobre os receitas das tecnológicas a operar no espaço europeu. Este seria um plano inicial para combater as estratégias usadas pelas empresas para evitar impostos, estabelecendo as suas sedes em países com cargas mais favoráveis. A longo prazo, os governantes europeus pretendem encontrar uma solução global mais exaustiva e possivelmente mais adequada. A aplicação tem de ter o consenso dos 28 estados europeus, o que tem sido difícil de conseguir. Os principais opositores receiam a retaliação dos EUA e, no caso da Irlanda, a perda de receitas de impostos das muitas multinacionais aí localizadas.
A presidência austríaca também está a equacionar adiar a implementação desta solução rápida para 2022, ideia que também tem encontrado bastante resistência, noticia a Reuters. Irlanda, Suécia, Dinamarca e Finlândia opõem-se ao plano, enquanto Alemanha, Holanda e Reino Unido têm pedido mais tempo para decidir. O grande apoiante deste imposto tem sido o governo francês, com Macron a ter colocado o tema como prioritário na sua agenda. Portugal, de uma forma global, também se tem mostrado a favor desta taxação.
A reunião dos ministros das Finanças está marcada para 4 de dezembro e esperava-se que fosse conclusiva, mas com o desenrolar dos acontecimentos, tudo indica que ainda não será desta que a decisão será tomada.