A Uber vai ceder 0,34% da sua empresa à Waymo equivalentes a 245 milhões de dólares. Com esta apreciação, a Uber fica avaliada em 72 mil milhões de dólares. Inicialmente, a Waymo exigiu mil milhões de dólares e um pedido de desculpa, acusando a Uber de estar a usar tecnologia proprietária a que teria tido acesso depois de comprar a Otto. Esta solução envolve apenas participação na empresa e não dinheiro. «Significa que a Waymo está a investir no futuro da Uber», disse uma fonte próxima, citada pelo The Verge.
«Chegamos a um acordo com a Uber que acreditamos que protege a propriedade intelectual hoje e no futuro. Estamos empenhados em continuar a trabalhar com a Uber para garantir que cada empresa desenvolve a sua própria tecnologia. Isto inclui um acordo que garante que nenhuma informação confidencial da Waymo esteja a ser usada atualmente no hardware e no software da Uber Advanced Technologies Group», cita um comunicado da Waymo.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, emitiu um comunicado onde pede desculpa aos funcionários da empresa pela natureza distrativa do caso.
Recorde-se que o caso começou quando a Uber adquiriu a Otto, fundada por Anthony Lewandowski, um ex-funcionário da Google. Segundo a acusação, Lewandovski teria roubado tecnologia proprietária relativa a carros autónomos e a Uber estaria a empregar esse conhecimento nos seus produtos. O comunicado agora publicado diz agora que o CEO não acredita que nenhum segredo da Waymo tenha chegado à Uber, nem que a Uber tenha usado alguma informação proprietária da Wayno nas suas soluções de condução autónoma.
Para a Uber, este acordo pode ser encarado como uma vitória, uma vez que a empresa se prepara para entrar em bolsa e evita um caso judicial que poderia arrastar-se durante anos. A Google, empresa detentora da Waymo, já é uma das principais investidoras no capital da Uber e vê a sua presença reforçada com este acordo.