Será a quinta geração de telemóveis (5G) a solução para impedir que o presidente dos EUA e os profissionais da Casa Branca sejam alvo de espionagem chinesa? A resposta acaba de ser apurada pela Reuters junto de uma fonte anónima da Casa Branca: a administração de Donald Trump começou a estudar a implementação de uma rede 5G para evitar fugas e interceções de informação. O projeto está em análise – e só dentro de seis a oito meses deverá ser tomada uma decisão pelo próprio presidente norte-americano, informa a Reuters.
«Temos de ter uma rede segura que não permita os “maus” entrarem. Temos de assegurar que os chineses não tomam conta do mercado, acabando com tudo o que não é 5G», refere fonte anónima à Reuters.
Desde 2012 que os fabricantes chineses têm sido alvo de suspeição por parte de políticos e autoridades americanas que acusam marcas como ZTE ou Huawei de facilitar a inclusão de vulnerabilidades nos diferentes equipamentos de telecomunicações, para permitir as incursões de ciberoperacionais a mando do governo de Pequim.
Além das questões de segurança, a 5G assume também uma importante vertente do ponto de vista comercial: segundo a Accenture a instalação da nova geração de redes móveis, que tem como principais atrativos um incremento da velocidade e uma redução da latência no acesso à Net, deverá valer mais de 275 mil milhões de dólares de investimento. Uma eventual restrição na importação de equipamentos fabricados na China poderá ser encarada como uma oportunidade de ouro para marcas europeias e americanas engrossarem a faturação.