Os 103 mil milhões de dólares (cerca de 88 mil milhões de euros) propostos pela Broadcom não chegaram para convencer a direção da Qualcomm a aceitar uma eventual venda.
E a avaliar a posição oficial da direção da Qualcomm a recusa estará relacionada com os valores propostos e questões legais. «Depois de uma análise cuidada, conduzida com a ajuda dos nossos consultores legais e financeiros, a direção concluiu que a proposta da Broadcom subvaloriza substancialmente a Qualcomm e surge com uma grande incerteza regulatória», refere Tom Horton, presidente da Qualcomm, numa posição oficial citada pela Reuters.
A reação oficial da Qualcomm está longe de ser inesperada: era do conhecimento público que a operação de compra estava classificada como hostil e que os 70 dólares por ação não eram suficientes para convencer a direção da Qualcomm.
Segundo a Reuters, as ações da Qualcomm desvalorizaram cerca de um por cento, nas horas que se seguiram à recusa da operação de compra, fixando-se em 65,25 dólares (cerca de 55 dólares). As ações da Broadcom desceram 263 dólares (pouco mais de 225 euros). O que reflete uma desvalorização de 0,7%.
Atualmente, a Qualcomm está em negociações para a compra da NXP, uma produtora de chips para autormóveis. A Broadcom fez saber que estava interessada em comprar a Qualcomm, independentemente do desfecho das negociações com a NXP