É uma meta ambiciosa, mas a China quer ter um sistema de reconhecimento de rostos que consiga identificar toda a sua população. A ideia passa por ter uma rede de câmaras espalhadas por todo o país e montar um sistema que consiga, em apenas três segundos e com uma margem de acerto de 88%, identificar corretamente qualquer transeunte nacional.
Ainda não há qualquer perspetiva sobre quando é que o sistema possa ficar terminado, mas não deixa de ser um indicador preocupante sobre a liberdade dos cidadãos, ou sobre a falta desta, quando um governo pretende ter um sistema em cloud, com câmaras ligadas em rede e monitorizar os movimentos das pessoas e atividades.
O argumento do governo chinês deve passar pela necessidade de aumentar a segurança e a prevenção do crime com este sistema, mas é de recordar que o país está em 176º lugar, numa lista com 180 nomes no que diz respeito à liberdade de imprensa, lembra o The Next Web.
Por outro lado, é de realçar que uma base de dados com este tipo de informação, alojada na nuvem, será um alvo bastante apetecível para os cibercriminosos.