Quando chegou a hora de dizer o que pensa sobre a Neutralidade da Internet, a Apple não se coibiu de instar a Comissão Federal das Telecomunicações dos EUA a manter a proibição de vias rápidas na Internet, que distinguem a velocidade dos diferentes tráfegos, consoante a origem, os destinatários ou acordos com produtores dos conteúdos.
Para os operadores de telecomunicações, a criação de vias rápidas na Inter pode perfilar-se como uma fonte de receitas acrescida, mas uma produtora e distribuidora de conteúdos como a Apple não deverá ver com especial otimismo a possibilidade de a FCC levantar a proibição que mantém a neutralidade da Internet em vigor nos EUA. Até porque a discriminação do tráfego poderá obrigar os clientes e a própria Apple a terem de pagar para garantir prioridade na rede face a outros consumidores e distribuidores de conteúdos.
Nos comentários que introduziu ao longo do período de consulta pública sobre a revisão da Neutralidade da Internet a Apple repudiou as técnicas de bloqueio, ou desfiguração de conteúdos em sites que se muniram das autorizações necessárias para operar no mercado.
«Longe de ser novo, este princípio seguido pela FCC manteve-se como basilar durante mais de uma década. Os distribuidores de conteúdos e serviços na Internet precisam de ter a garantia de que conseguem chegar aos consumidores de forma eficaz sem interferências dos operadores que disponibilizam a largura de banda que suporta esses serviços», referiu a Apple.