A Symantec revela que recusou colaborar com as autoridades russas e não mostrou o código fonte dos seus produtos. «Coloca um nível de risco à integridade dos nossos produtos que não podemos aceitar», justifica a empresa. O pedido de revisão chega com cada vez mais frequência às empresas norte-americanas e é uma condição exigida para que produtos de segurança como antivírus ou firewalls possam ser comercializados na Rússia.
O processo encaminha as empresas para salas de revisão especializadas, onde alegadamente o código fonte não pode ser copiado ou alterado. A revisão é feita diretamente pelas autoridades ou por centros acreditados como independentes. No caso da Symantec, a empresa explicou que foi reencaminhada para um revisor que tem ligações com o governo russo e que a sala não cumpria os seus requisitos de segurança mínimos internos. «A proteção da nossa base de dados de clientes é mais importante do que aumentar a nossa presença no mercado russo», diz a empresa, citada pela Reuters.
Sabe-se que empresas como a IBM, a HP, a Cisco ou a McAfee acedem a este pedido das autoridades russas, embora o receio de que o código possa cair nas mãos de hackers seja real.
Desde a anexação da Crimeia, em 2014, e com a deterioração das relações entre os EUA e a Rússia, que estes pedidos têm aumentado. Entre 1996 e 2013, houve apenas 13 revisões e nos últimos três anos este número cresceu para 28.