O SAG-AFTRA é um sindicato que reune mais de 150 mil atores de cinema, TV, rádio e videojogos. Esta organização anunciou que, a partir de sexta-feira, poderá começar uma greve que afeta o setor dos jogos. Os profissionais que dão a voz aos jogos pretendem receber mais royalties nos títulos que vendam mais de dois milhões de cópias e pagamento de um subsídio por exercerem uma função «vocalmente stressante», cita o ArsTechnica.
A greve já está a ser discutida há alguns meses e já foi aprovada por 96% dos membros do sindicato. Estes atores referem que o acordo que regula o setor já tem mais de 20 anos e data de uma altura em que se estavam a começar a usar vozes profissionais. Agora, com um segmento mais desenvolvido e uma realidade diferente, os potenciais grevistas reclamam melhores condições e mais pagamentos.
As empresas de videojogos que serão mais afetadas já declararam que consideram a greve precipitada, desnecessária e que só irá prejudicar os membros do sindicato. Este sindicato, segundo as editoras dos videojogos, representa menos de 25% das vozes dos jogos no mercado e a greve irá fazer com que os atores do SAG-AFTRA não trabalhem e vejam os seus concorrentes a ultrapassarem-nos.
Sabe-se que os dois lados desta barricada ainda estão à mesa das negociações para evitar a greve e conseguir um acordo.