Quando se tornou secretária de Estado, durante o primeiro mandato de Barack Obama, Hillary Clinton solicitou à NSA que lhe fosse fornecido um telemóvel igual ao do presidente dos Estados Unidos: um BlackBerry 8830 modificado e com segurança reforçada. Agora foram tornados públicos documentos que mostram que a agência recusou o pedido, alegando questões de segurança e a intenção de reduzir o número de utilizadores de BlackBerry na estrutura governamental.
Como a área política da responsabilidade de Hillary Clinton era particularmente exigente em termos de segurança, a solução mais parecida com um BlackBerry suportada pela NSA implicaria um custo aproximado de 31 mil euros (valor que incluía a customização do dispositivo e as infraestruturas relacionadas com servidores). Hillary Clinton acabou por usar o seu BlackBerry pessoal e a polémica instalou-se quando essa informação foi tornada pública, pois significava que dados críticos do governo norte-americano estavam num servidor privado.
Como realça a ZDNet, para evitar toda esta confusão, bastava a política ter usado a alternativa oficial da NSA: o Sectéra Edge. Parte smartphone, parte PDA, este terminal tinha um sistema operativo com duas décadas – o Windows CE – e estava certificado pela NSA para lidar com informações ultra-secretas. Contudo, o Edge acabou por ser descontinuado no ano passado.