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Os primeiros testes já foram levados a cabo com sucesso, e se os mentores do projeto não falharem nos prazos, 2017 poderá ser o primeiro ano de comercialização da European Aviation Network (EAN). O que tem de especial a EAN? A resposta é dada pela Alcatel Lucent: A EAN pretende ser «a primeira rede terrestre LTE do mundo que comunica com aviões». Por enquanto, a EAN conta apenas com uma única operadora móvel “tradicional”: a Deutsche Telekom comprometeu-se a instalar, na Europa, 300 pontos de retransmissão capazes de comunicar em LTE (também conhecido por quarta geração de telemóveis ou 4G) com uma cabine de avião, que redistribui o sinal pelos passageiros através de uma rede de Wi-Fi.
A EAN tem vindo a ser promovida pela Inmarsat com o objetivo de criar uma rede híbrida que permite combinar comunicações por satélite (nas frequências conhecidas como S-Band, entre os 2 GHz e os 4 GHz) e redes 4G. De acordo com a Inmarsat, os aviões que integram a EAN deverão conectar-se a postos de restransmissão de 4G adaptados para o efeito. As comunicações com as torres de 4G, que se encontram em terra, são estabelecidas até aos três quilómetros de altitude. Acima dos três quilómetros de altitude, as comunicações são direcionadas automaticamente para as comunicações por satélite.
A captação dos sinais enviados é feita por equipamento que se encontra instalado no cockpit do avião.
A Inmarsat e a Deutsche Telekom não são as únicas empresas com expectativas quanto ao que o 4G poderá fazer a bordo de um avião. A Alcatel-Lucent recorda que desde 2009 tem vindo a trabalhar com a operadora alemã com o propósito de criar soluções suficientemente robustas que permitam a comunicação entre torres que se encontram no solo e veículos aéreos enquanto cruzam os céus.
A parceria terá sido frutuosa: hoje, a marca de equipamentos de telecomunicações informa em comunicado que vai fornecer à EAN um componente de rede que combina rádios adaptados e ainda a tecnologia IP Mobile Core.
Em comunicado, Wilhelm Dresselhaus, líder da Alcatel-Lucent alemã dá uma ideia do potencial que podem vir a ter as primeiras comunicações entre redes de 4G terrestres e as diferentes linhas aéreas que pretendam integrar a EAN: «Durante anos, os voos representaram um “black-out” comunicacional, deixando que os turistas e os passageiros em viagens de negócios ficassem incomunicáveis quando em viagem. Estamos muito orgulhosos por sermos um prestador de serviços para a rede terrestre baseada em LTE da Deutsche Telekom, tendo a responsabilidade de adaptar a nossa solução LTE RAN ao espetro de S-band da Inmarsat. Juntos, conseguimos disponibilizar aos passageiros na Europa ligações de alta velocidade a bordo dos aviões».
Inmarsat e a Deutsche Telekom sabem que não estão sózinhas no acesso à Net dentro dos aviões comerciais, mas mantêm a expetactiva de que a EAN possa suplantar a concorrência. E três as vantagens que são apontadas à nova rede voadora: aumento da largura de banda, redução de custos no que toca a equipamentos e facilidade de adaptar a oferta à procura.