![Drone Hacking Team.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/5802258Drone-Hacking-Team.jpg)
A Hacking Team é uma empresa italiana que se tornou mais conhecida do público nos últimos tempos por ela própria ter sido vítima de um ataque cibernético que lhe roubou 400 GB de dados, mas a companhia há muito que tem vindo a trabalhar em tecnologia de ética duvidosa e cujos produtos começam agora a ser divulgados. O exemplo mais recente é um equipamento que atacava computadores e dispositivos móveis através de redes Wi-Fi e que poderia ser colocado num drone.
De acordo com o Ars Technica, esta tecnologia – chamada de TNI (Tactical Network Injector) – faz parte do sistema de controlo remoto Galileu da Hacking Team e esteve em demonstração numa feira internacional dedicada à área da Defesa realizada em Abu Dhabi em fevereiro.
Na prática, o TNI consegue inserir código malicioso nas comunicações realizadas através de redes Wi-Fi, passando a funcionar como um ponto de acesso malicioso e explorando ataques de man-in-the middle.
A tecnologia acabou por chamar a atenção da Insitu, uma subsidiária da Boeing, e a empresa esteve em negociações avançadas com a Hacking Team. Contudo, o negócio acabou por esbarrar em aspetos legais, já que não chegaram a acordo sobre os contratos de confidencialidade.
Refira-se que, aquando do lançamento do smartphone Boeing Black, David Vincenzetti, CEO da Hacking Team, comentou que era uma vergonha que a Boeing fosse uma empresa norte-americana com laços tão fortes à CIA e à NSA…